terça-feira, 31 de março de 2009

MELHORANDO O AMBIENTE DE SALA DE AULA

 Alexandro Muhlstedt 

 Na sala de aula a conversa entre os alunos é inevitável; é impossível ficar ao lado dos amigos sem conversar; o que devemos fazer é aproveitar essa conversa como instrumento para um trabalho pedagógico, aprender a ser um administrador de conversas, expositor de desafios, instigador de perguntas. 
Com alunos difíceis, ou seja, aqueles que não querem nada com a aula, deve-se procurar não se exasperar, dar broncas no grupo. Após o final da aula chamar esse aluno para conversar; fazendo-o descobrir que o professor quer ajudá-lo. 
Diálogo, polidez e respeito são aliados incondicionais para o bom relacionamento entre professores e alunos em sala de aula. 
Aqui, são expostas algumas ideias que podem auxiliar no dia a dia da sala de aula, com intuito de obter maior prazer e sucesso no trabalho. 
O objetivo não é determinar regras de procedimento, mas sugerir dicas para amenizar os problemas enfrentados no dia a dia: 

• Definir de forma clara, objetiva e justa as regras disciplinares. 
• Estabelecer canais de comunicação: conversas individuais intermediadas pelos pedagogos, por exemplo. 
• Assiduidade e pontualidade. 
• Associar o conhecimento novo aos saberes que os alunos possuem. 
• Preparar de maneira cuidadosa a aula. Aulas maçantes, repetitivas cansam, desgastam e desmotivam. 
• Traçar organizadamente as atividades, diversificando (Uso da TV Pen drive, Laboratório de Informática, Sala de Artes, etc.). 
• Entrar em sala e, sem demora, iniciar a aula. 
• Cobrar, com firmeza, evitando ser rude, sarcástico ou irônico, a colaboração de todos e ser um árbitro sereno no cumprimento das regras de conduta consensualizadas com a classe. 
• Falar com expressividade e clareza. 
• Iniciar os trabalhos com um plano de aula simples, mas objetivo e coerente. Não há necessidade de “malabarismos pedagógicos” ou “aulas espetáculos”, mas criatividade na aula. 
• Movimentar-se todo o tempo, manter-se alerta a todos e também a todas as ocorrências. 
• Mostrar sempre disposição para manter a calma e a serenidade, mesmo em situações mais difíceis. Afinal, o professor é o adulto e o ser maduro na sala de aula. 
• Saber dar a devida importância ao tom de voz empregado e estudar a linguagem gestual. 
• Jamais comparar-se a qualquer colega. Nunca comparar um aluno ou uma classe com outra. 
• Distribuir com uniformidade, serenidade e justiça a atenção de todos. 
• Analisar com calma as razões que podem levar alunos ao desinteresse ou a indisciplina e discutir, particularmente com os mesmos essa postura. 
• Conhecer diferentes estratégias de ensino, jogos operatórios, técnicas de ensino e aprendizagem. 
• Possuir critérios de avaliação claros e explícitos. 
• Manter atualizados seus registros e suas notas. 
• Cumprir com integridade tudo quanto prometeu. 
• Fazer das perguntas uma eficiente ferramenta de aprendizagem. 
• Não se desgastar ensinando aos alunos tudo aquilo que sozinhos eles podem aprender. 
• Saber delegar aos alunos tarefas e funções junto à classe que explorem capacidades de aprender e de aprendizagem. 
• Fazer revisões periódicas daquilo que foi aprendido. 
• Organizar de forma eficaz a disposição dos lugares de cada um. 
• Mostrar atenção aos problemas dos alunos. 

 É importante destacar que os passos sugeridos costumam ajudar a resolver parte expressiva dos problemas disciplinares; mas não os eliminam por completo. 
A continuidade de aplicação dos procedimentos é que pode garantir a perenidade dos bons comportamentos, da participação dos estudantes nas aulas, o debate em torno das ideias e conteúdos trabalhados.