quinta-feira, 18 de agosto de 2011

ANÁLISE DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: O processo pedagógico à luz da prática

Alexandro Muhlstedt

Um bom avaliador sabe reconhecer valores mediante observação cuidadosa,
critérios claros e consciência afinada.
(Gabriel Perissé. O valor do professor, 2011)

A avaliação escolar, também chamada avaliação do processo ensino-aprendizagem ou avaliação do rendimento escolar, tem como dimensão de análise o desempenho do aluno, do professor e de toda a situação de ensino que se realiza no contexto escolar.
Sua principal função é subsidiar o professor, a equipe pedagógica e o próprio sistema no aperfeiçoamento do ensino. Uma vez que seja utilizada com cautela, considerando os estudos sobre este tema, fornece informações que possibilitam tomar decisões sobre quais recursos educacionais devem ser organizados quando se quer tomar o ensino mais efetivo. É, portanto, uma prática valiosa, reconhecidamente educativa, quando utilizada com o propósito de compreender o processo de aprendizagem que o aluno está percorrendo em um dado curso, no qual o desempenho do professor e outros recursos devem ser modificados para favorecer o cumprimento dos objetivos previstos e assumidos coletivamente na Escola, em especial na Proposta Pedagógica Curricular e em cada Plano de Trabalho Docente.
Para efetivar uma prática avaliativa coerente com os preceitos é necessário utilizar instrumentos para essa análise. Os Instrumentos de Avaliação mais utilizados no Colégio Zardo são: prova escrita, trabalho de pesquisa, textos/relatórios, apresentações/relatos, observação direta do desempenho do aluno, autoavaliação e desempenho geral nas atividades propostas pelos professores, em diferentes situações de aprendizagem.
Mas para que o Instrumento seja coerente com a proposta do professor, faz-se necessário estabelecer critérios de avaliação. Um Critério, então, pode ser definido como um parâmetro de qualidade estabelecido para o julgamento de ações e de produtos realizados. Por exemplo: precisão, clareza, coesão, rapidez, criticidade e complexidade a partir dos quais o desempenho do aluno será avaliado. Para isto, será necessário definir, previamente, um ou mais padrões de desempenho do aluno no desenvolvimento da competência e a organização de situações que lhe permitam demonstrá-la. Cada professor tem definido os critérios, de acordo com os objetivos previstos para cada conteúdo. Vale ressaltar que, para sistematizar e, especialmente, organizar práticas avaliativas mais justas e coerentes, definiu-se a Semana de Avaliação em cada bimestre (onde os alunos realizam provas de todas as disciplinas, exceto, Artes, Educação Física e Ensino Religioso).
Quanto a recuperação de estudos, que diz a respeito que é direito daqueles que não conseguiram aprender com os métodos adotados pela escola, em um determinado tempo, terão uma nova oportunidade de aprender o conteúdo que o mesmo não teve aproveito. As atividades de recuperação ocorrerão concomitante com as atividades realizadas pelo professor, como nova oportunidade de aprender e refazer / realizar as atividades solicitadas.
De acordo com a LDB em seus incisos IV e IX do art. 3º, a escola deve ter uma tolerância conjunta com os educadores com aqueles alunos que algum momento do processo de ensino aprendizagem tiveram algum tipo de dificuldade de aprendizado. Temos que levar em consideração de que os alunos são seres humanos e de repente em algum momento da fase de ensino aprendizagem, eles não se adaptaram com a forma de ensino rotineiro empregado pelo educador, sendo assim o professor deverá em conjunto com a escola desenvolver algum método para acolher estes alunos com problemas.
Ao referir se aos docentes a lei recomenda aos estabelecimentos de ensino “prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento” (inciso V do art. 12), e aos docentes que devem zelar pela aprendizagem dos alunos inciso III do art. 13. Também deve se estabelecer estratégias de recuperação dos alunos com menor rendimento.
Considerando essas questões, é que em julho de 2011, na Semana Pedagógica, foi organizado um conjunto de reflexões sobre o processo de avaliação que vinha sendo realizado na escola. Assim, a Equipe Pedagógica da escola organizou uma atividade na qual os professores deveriam responder a quatro questões:
1. O que é avaliação?
2. Qual o papel do professor e do aluno no processo de avaliação?
3. Como realizar uma avaliação que considere a aprendizagem do aluno?
4. O que é recuperação de estudos?
O grupo de professores participantes realizou a atividade, e o conjunto das respostas podem ser conferidas no quadro a seguir:

PROFES-SOR
O QUE É AVALIAÇÃO?
QUAL O PAPEL DO ALUNO E DO PROFESSOR NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO?
COMO REALIZAR UMA AVALIAÇÃO QUE CONSIDERE A APRENDIZAGEM DO ALUNO?
O QUE É RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS?
Marilise / Arte
É um processo de verificação se o que se propôs ensinar realmente se concretizou – é dinâmico – o tempo todo.
Aluno: aprender e Professor: ensinar
Levando em conta o que o aluno sabia antes e a sua transformação no sentido de absorver / reter os conteúdos e saber aplicá-los.
É quando o professor percebe que a prática pedagógica que desenvolveu não atingiu todos por igual, é uma retomada, às vezes por outro caminho, de outra maneira. Reprovação não é recuperação de estudos.
Marcia / Matemática
É o diagnóstico não só estatístico do processo ensino-aprendizagem, mas também um processo pedagógico.
Interação e intervenção.
Provas, trabalhos escritos e orais, pesquisa.
É uma retomada de conteúdos, assim como oportuniza uma maior absorção de conteúdos.
Silvana / Matemática
É um processo que investiga a aprendizagem do aluno e do professor.
Analisar quais os conteúdos que não foram assimilados.
Uma avaliação individual que exija muita leitura e interpretação além dos conteúdos trabalhados em sala de aula.
Retomar os conteúdos que não foram assimilados, de forma diferenciada, principalmente com alunos que tem maior dificuldade.
Celia / Biologia
Processo pelo qual se avalia o “aprendizado” adquirido pelo aluno.
Do aluno, demonstrar o que assimilou e do professor, promover (proporcionar) as diferentes formas de conteúdo.
Só se fosse uma aula totalmente prática, que ele pudesse mostrar o que realmente aprendeu.
Uma maneira de proporcionar uma chance de o aluno alcançar o objetivo.
Marion / Ciências
Um instrumento que direciona a ação pedagógica do professor e mostra para o aluno suas dificuldades e avanços
Do aluno é demonstrar o que ele aprendeu, a sua capacidade, e do professor, é direcionar o aluno na construção do seu conhecimento.
A avaliação deve trabalhar no aluno a linha de raciocínio das aulas ministradas.
A recuperação deve ser o momento de retomada de conteúdo, seguida de um instrumento avaliativo do nível compatível ao que foi ensinado.
Simone / Pedagoga
É a percepção do quanto o indivíduo reteve de conhecimento relacionado ao conteúdo trabalhado em sala.
O papel do professor é de descobrir o quanto o aluno aprendeu a partir do conteúdo trabalhado. E a do aluno é de fazer uma auto-avaliação e perceber o que ele reteve e o que precisa aprender mais.
Deve-se elaborar uma avaliação de múltiplas questões dissertativas e de redação.
É uma chance a mais do aluno adquirir o conhecimento que não obteve no momento oportuno.
Tiago / Inglês
Forma de verificar o nível de aprendizado do aluno durante cada período
O aluno deve transpor seu aprendizado mantendo sua postura individual da disciplina. O professor deve manter sua posição profissional avaliando todos os critérios ensinados.
Elaborando questões mais abertas sobre o conteúdo com o que o aluno possa ter mais liberdade de expressão em relação ao conteúdo, tornando válido seu aprendizado.
Momento para revisar o conteúdo dando ênfase a conteúdos específicos de dificuldade do aluno.
Andreia / Ciências
É uma forma de perceber o desenvolvimento do aluno e rever as estratégias de ensino para o professor.
O aluno deve rever os conteúdos, estudar e perceber suas dificuldades, o professor deve auxiliar o aluno nessas dificuldades e preparar uma avaliação significativa.
Que apresente várias atividades durante o processo, diversificando as estratégias.
É rever as dificuldades dos alunos, retomando esses conteúdos.
Marilei / Língua Portuguesa
É a verificação de ambas as partes sabendo o que o aluno não compreender, para desta forma, o professor retorne a sala didática, ou seja, sua prática pedagógica.
Ambos estão inseridos no processo educativo, levando em conta que o aluno tem sua individualidade, o professor a sua, mas que o professor tem que ter o domínio de conteúdo e principalmente domínio de classe, estes aliados ao respeito.
Não deve ser para castigar, e sim para ensinar como. Com qualidade e responsabilidade, porque é desta forma que formamos conceitos e principalmente formamos seres humanos.
É a retomada do que já foi ensinado, ou seja, mesmo feijão com arroz com outro tempero.
Alberto / Informática
É a verificação do aprendizado daquilo que foi proposto ou ensinado.
O aluno no processo de avaliação, tem o papel de fazer a avaliação do que foi aprendido da matéria exposta durante as aulas.
Fazer perguntas ao aluno sobre o assunto ministrado e verificar o quanto o aluno absorveu de conhecimento.
É uma forma de reavaliar o conhecimento do aluno, dando ao aluno a oportunidade de melhorar a sua avaliação.
Marines / Língua Portuguesa
É uma forma de demonstrar e analisar se o aluno está apto ou não ao conteúdo aplicado.
Aluno deve dessa forma mostrar seu conhecimento que lhe foi passado. O professor ser criativo nas avaliações, fazendo com que desperte cada vez mais o interesse do aluno.
Devemos avaliar o aluno através da prova, mas também através de trabalhos onde eles possam buscar novas informações para poder explorar melhor os conteúdos.
É uma maneira de fazer com que o aluno possa reforçar o conteúdo estudado.
Priscila / Matemática
É a maneira de medir o quanto o aluno aprendeu e desenvolveu durante um certo tempo.
Aluno: estudar, perguntar e tentar expor o que aprendeu.
Professor: explicar, preparar as aulas, tentar motivar o aluno e despertar o interesse, experimentando sempre que possível metodologia diferentes de alguma que não deu certo.
A avaliação dos alunos não deve somente ser realizada através da prova, mas também de outras maneiras, em trabalhos e apresentações, mas a prova deveria ter um peso maior, porque muitos alunos nem se preocupam com ela, pois se ele fizer os trabalhos e for bem o que ele diz: “não preciso estudar para prova, pois não preciso de muita nota”.
É a maneira de dar outra chance ao aluno, de tentar recuperar o conhecimento que não foi adquirido durante o decorrer do bimestre.
Aline / Química
Forma de verificar nível de assimilação.
Ensinar e aprender
Formas diferenciadas do conteúdo.
O nome já diz “recuperar conteúdo”.
Joceli / História
Uma forma de avaliar o que o aluno aprendeu durante o ano letivo (diagnóstico). Por isso é necessário utilizar vários instrumentos e ser continua.
O aluno comprometer-se com as diversas formas, onde demonstre as suas reais dificuldades e aprendizagem. O professor, propiciar diversas formas avaliativas de uma maneira que oportunize o aluno a sua real condição.
Utilizando vários recursos diferenciados e contínuos.
Uma retomada de conteúdo diferenciada e continua.
André / Arte
É um recurso pedagógico que visa avaliar o desempenho do aluno no que diz respeito ao conhecimento formal adquirido em uma determinada disciplina.
É o papel do aluno e do professor no processo de avaliação é de através da avaliações, medirem o grau de conhecimento adquirido e juntos, a partir disto, buscar o crescimento ou melhor, a compreensão do assunto.
Com uma avaliação que leve em conta vários fatores como questões de diferentes tipos como por exemplo: discursivas, análises, práticas em sala de aula e desempenho do aluno no correr do bimestre, além de buscar sempre coerência nas atividades com a idade e o assunto em baila naquela determinada turma.
Uma retomada dos conteúdos do bimestre para oportunizar do aluno uma forma diferente de avaliação.
Rogério / Ciências
É um meio de diagnosticar a aprendizagem do aluno.
O aluno deve adquirir o conhecimento que lhe é proporcionado pelo professor de maneira clara e abrangente dentro do contexto social.
A avaliação deve ser de maneira continua considerando as diferentes formas e meios de diagnosticar a aprendizagem.
Recuperar os conteúdos que os alunos não conseguiram se apropriar.
Angélica / Matemática
É um meio de diagnosticar a aprendizagem do aluno.
O aluno deve adquirir o conhecimento que lhe é proporcionado pelo professor de maneira clara e abrangente dentro do contexto social.
A avaliação deve ser de maneira continua considerando as diferentes formas e meios de diagnosticar a aprendizagem.
Recuperar os conteúdos que os alunos não conseguiram se apropriar.
Dirlene / Química
É um meio de diagnosticar a aprendizagem do aluno.
O aluno deve adquirir o conhecimento que lhe é proporcionado pelo professor de maneira clara e abrangente dentro do contexto social.
A avaliação deve ser de maneira continua considerando as diferentes formas e meios de diagnosticar a aprendizagem.
Recuperar os conteúdos que os alunos não conseguiram se apropriar.
Rejane / Geografia
Trabalhar o conteúdo programático (planejado) com os alunos fazendo com que os mesmos venham a perceber um tempo e espaço a interpretar e entender a realidade, no que aquele assunto irá ajudá-lo a interagir como cidadão e qual a bagagem que ele levará para sua vida como pessoa e no seu dia a dia.
Aprender e ensinar um com o outro é onde se encontra a coletividade e a percepção de que juntos podemos construir mais e melhor. Tornar um veículo para melhor desenvolver a capacidade do aluno e melhorar a relação da sociedade em geral.
Fazer debates, realizar pesquisas, expor ideias e fazer perguntas, trabalhar em grupos com temas diversificados para entender a ideia de cada um, fazer anotações para levantar o objetivo que se quer chegar, ou seja, o que realmente o aluno aprendeu.
Analisar, repor conteúdo e dialogar com o aluno até que se perceba onde e como fazer para ajudar o aluno a aprender e perceber o que se utiliza ou não para seu aprendizado.
Elisa / Matemática
É a forma de constatar o nível de conhecimento / entendimento do aluno em relação ao conteúdo trabalhado. Também por meio da avaliação, é possível constatar pontos que devem ser revistos, e para tirar dúvidas e ampliar o conhecimento.
Aluno: estudar sempre, não somente para a avaliação, tirar dúvidas, expor o que aprendeu durante as aulas e expor o que aprendeu.
Professor: Trabalhar de diversas formas o conteúdo para possibilitar ao aluno que aprenda.
Obs.: Se não houver interesse do aluno em aprender as diversas formas de trabalhar o conteúdo, utilizadas pelo professor, torna-se se praticamente nulas.
Uma avaliação onde o aluno deva escrever o que aprendeu (ou não), expor sua opinião (embora muitos não a tenham!)
Revisão do conteúdo já trabalhado com uma metodologia diferente.
Vanessa / Sociologia
Uma forma de confirmarmos se os alunos estão fixando os conhecimentos passados em sala de aula. Dessa forma o professor pode ajustar suas próximas aulas de acordo.
O papel do professor é fazer uma (ou mais) avaliação que englobem bem os conteúdos dados aos alunos. O papel do aluno é demonstrar que está absorvendo as matérias que teve em aula.
A avaliação deve conter diferentes tipos de questões e perguntas para que os alunos demonstrem seu aprendizado de forma consistente.
Uma maneira de confirmar que os alunos com dificuldades possam obter uma melhora em seus conhecimentos.
Ítalo / História
É uma forma de consulta, feita pelo professor, onde o aluno demonstra o que assimilou, absorveu e como ele interpretou o conteúdo assimilado, bem como, se o conhecimento ajudou a compreender o mundo científico, histórico e social.
O aluno: como receptor das informações e se ele consegue compreender o que é transmitido e capaz de aprimorar o conteúdo.
Professor: Percebe se o método de transmissão está dando ou não resultados. O que é preciso fazer para melhorar suas aulas.
Considerada uma avaliação boa, permanente, o conteúdo deve ser bem ministrado em sala, o aluno tem de sentir simpatia e gosto pela matéria. E na avaliação o aluno tem que demonstrar o quanto ele absorveu e foi útil para o seu crescimento intelectual.
É revisar, voltar ao tema que não foi assimilado e/ou compreendido. Às vezes consideramos como recuperação um item em que o aluno “fracassou”, quando na verdade é mais um reforço ou compreender onde falhou ou o que o professor deve melhorar.


Após as discussões, foi definido coletivamente o processo de Avaliação do Colégio Zardo, com o intuito de fortalecer procedimentos comuns e concretizar uma linguagem única nesse quesito. Pressupõe-se que havendo uma unidade de ação entre os professores, alunos e pais poderão ter claro como se processa a avaliação e como se chega nas médias bimestrais.
O processo de avaliação é simples e objetivo, válido para todas as disciplinas. A avaliação de cada bimestre terá valor de 6,0 pontos. As atividades valem 2,0 pontos e o trabalho valerá 2,0 pontos. Essa distribuição de nota organiza os registros no Livro de Registro de Classe e facilita a distribuição de notas pelo professor, a assimilação do processo pelos alunos e a compreensão do mesmo pelos pais.
Se o aluno falta no dia da prova, o mesmo deverá apresentar justificativa. Tal justificativa deve ser apresentada para a Equipe Pedagógica, que autorizará o aluno a fazer a avaliação em outra data. A justificativa deve ser registrada no Livro de Registro de Classe, pelo professor. A realização da avaliação ocorrerá na aula seguinte do professor.
O trabalho entregue na data marcada será avaliado em 100% do valor do mesmo. Se algum trabalho for entregue na segunda data, o valor será menor, a critério do professor, exceto se for apresentada uma justificativa plausível.
Bimestralmente será colocado em sala de aula um quadro no qual o professor agendará as datas de avaliações e trabalhos. Os trabalhos e pesquisas são importantes como forma de aprofundamento e continuidade do conteúdo ministrado em aula pelo professor. Não deve ser utilizado como forma de repor conteúdo, no caso do professor não “dar” tal conteúdo na sala de aula. O professor deve fazer o encaminhamento de trabalhos e pesquisa com antecedência, de forma clara e objetiva durante suas aulas, repetindo quantas vezes forem necessárias para o entendimento dos alunos. O professor deve sugerir fontes de pesquisa. Caso o aluno não entregue o trabalho no prazo estipulado, a nota deve ser parcial, exceto se o mesmo apresentar atestado médico ou justificativa plausível de sua falta na data da entrega. Os trabalhos devem ser entregues apenas para o professor solicitante durante suas aulas, em hipótese alguma fora desse horário. Dependendo do trabalho e do encaminhamento dado pelo professor, devem seguir as normas da ABNT. Em todo caso, todos os trabalhos escolares solicitados aos alunos devem ter capa e folha de rosto. O professor deve estabelecer o valor e deixar claro os critérios (por escrito) no roteiro do trabalho. Os professores devem exigir que, quando se tratar de pesquisa, todos os trabalhos devem seguir das normas da ABNT contidas na agenda escolar. A forma de ser entregue (manuscrito ou digitado) fica a critério do professor, sendo isso explicitado nas orientações. Cada item do trabalho deve ser avaliado, ou seja, atribuir nota a cada parte solicitada: capa, folha de rosto, introdução, desenvolvimento, conclusão, etc. O conteúdo do trabalho deve ser trabalhado pelo professor e cobrado na prova. Não permitir que alunos façam, durante a aula, o trabalho de outro professor/disciplina. Cada trabalho solicitado pelo professor deve ser deixado na Sala do xeróx. No roteiro deve conter o conteúdo a ser pesquisado, bem como as orientações gerais e os critérios estabelecidos pelo professor. Em cada bimestre, no mínimo 01 trabalho deve ser solicitado.
Ao final de cada bimestre será realizado o Conselho de Classe. Os critérios existentes para análise do desempenho do aluno são quatro: indisciplina e displicência, faltas excessivas, dificuldade de aprendizagem e não realização as atividades. Como encaminhamento geral estão definidos quatro questões: FICA, chamamento da família, trabalho com a turma e conversa individual. Haverá um pré-conselho individual entre professor e equipe pedagógica, no qual o professor abordaria a sua disciplina em relação ao desempenho do aluno, na turma em que atua como professor monitor.
Sobre a folha da prova, toda prova só será impressa se constar o cabeçalho padrão do colégio. O cabeçalho fica à disposição do professor no computador da sala dos professores e da equipe pedagógica, por e-mail e na página web do colégio. Com antecedência de 05 dias, o professor deve apresentar uma cópia da prova para ser vistada. Esta é uma forma de acompanhar o trabalho do professor com o conteúdo e a avaliação, bem como o cumprimento do previsto no Plano de Trabalho Docente. Todas as provas do bimestre e de recuperação devem passar pela Equipe pedagógica. Cada prova deve conter questões diversificadas, sendo no mínimo 03 tipos de questões. Na prova deve constar de 05 a 10 questões. O valor de cada questão deve constar na folha da prova.

CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO NA PROPOSTA CURRICULAR DO COLÉGIO ZARDO

A fim de compreender o processo de avaliação como processo pedagógico que ocorre em todos os momentos da aula, segue a concepção presente em cada uma das disciplinas do currículo:

DISCIPLINA
CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
Arte
A concepção é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica.
A avaliação é “contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”, almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas”.
O professor deve fazer um levantamento das formas artísticas que os alunos já conhecem e de suas respectivas habilidades, como tocar um instrumento musical, dançar, desenhar ou representar. Durante o ano letivo, as tendências e habilidades dos alunos para uma ou mais áreas da arte também devem ser detectadas e reconhecidas pelo professor.
Biologia
A avaliação vista como um instrumento diagnóstico em que não somente o aluno é avaliado e sim também a prática pedagógica do professor remete a pensar que a mesma não é somente um instrumento classificatório, isto é, que serve somente para apontar se o aluno foi ou não capaz de alcançar uma boa nota. E sim para diagnosticar dificuldades que possam ser sanadas com a revisão da própria metodologia do professor, buscando a retomada de conceitos e conhecimentos produzidos em sala de aula.
Compreendemos a necessidade de que a avaliação seja processual, contínua e cumulativa com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Ciências
A avaliação na disciplina de Ciências deve ser diversificada, num processo “contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos”.
A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou classificatório, visto que o ensino de Ciências deve respeitar e valorizar a realidade do educando em todos os seus aspectos, principalmente naqueles que deram origem à sua exclusão do processo educativo.
Valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o educando e o educador compreendam e hajam sobre o processo de construção do conhecimento, caracterizando-o como um exercício de aprendizagem.
Educação Física
A Avaliação da Educação Física é somativa, diagnóstica e contínua, onde a primeira fonte de avaliação que usaremos é reconhecer as experiências corporais e o entendimento prévio por parte dos alunos sobre o conteúdo que será desenvolvido, sendo que o processo de aprendizagem do aluno, não levará em conta o aspecto quantitativo de mensuração de rendimento, que era uma prática do tecnicismo ao qual tentamos romper.
É imprescindível utilizar instrumentos que permitam aos alunos se autoavaliarem, reconhecendo seus limites e possibilidades, para que possam ser agentes do seu próprio processo de aprendizagem.
A avaliação faz parte do processo de ensino-aprendizagem, devendo sempre ser um processo continuo, permanente e cumulativo, não deixando no entanto de dialogar sobre as estratégias didático-metodológicas.
Ensino Religioso
É um elemento que faz parte do processo educativo da disciplina do Ensino Religioso.
O objetivo central da avaliação do Ensino Religioso é verificar se o aluno está assimilando os conteúdos e se é capaz de descrever as principais formas de manifestações religiosas da sociedade.
Deve-se levar em conta que não é aferido nenhuma nota ou conceito, pois essa matéria não implica em aprovação ou reprovação. A avaliação apenas se restringe em verificar se o aluno se apropriou dos conteúdos ministrados pelo professor em sala de aula.
Filosofia
A avaliação no ensino de Filosofia pauta-se numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de aula. É concebida na sua função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem.
Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade.
Física
A avaliação deve levar em conta a apropriação dos conceitos, leis e teorias que compõem o quadro teórico da Física pelos estudantes estando de acordo com o Projeto Político Pedagógico. Isso pressupõe o acompanhamento constante do progresso do estudante quanto à compreensão dos aspectos históricos, filosóficos e culturais, da evolução das ideias em Física e da não-neutralidade da ciência.
Inicialmente, é preciso identificar os conhecimentos dos estudantes, sejam eles espontâneos ou científicos, pois ambos interferem na aprendizagem, no desenvolvimento dos trabalhos e nas possibilidades de revisão do planejamento pedagógico.
Embora o sistema de registro da vida escolar do estudante esteja centrado em uma nota para sua aprovação, a avaliação será um instrumento auxiliar a serviço da aprendizagem dos alunos, cuja finalidade é sempre o seu crescimento e sua formação.
A avaliação deve ter um caráter diversificado, sendo processual, cumulativa e contínua.
Geografia
A avaliação é parte do processo de ensino-aprendizagem e, por isso, deve servir não apenas para acompanhar a aprendizagem do aluno, mas também o trabalho pedagógico do professor.
Ela não serve apenas para definir uma nota ou estabelecer um conceito, mas deve priorizar a qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
É formativa e por isso deve ser diagnóstica e continuada, pois aponta as dificuldades ao longo do processo, possibilitando assim a intervenção pedagógica de acordo com os resultados que vão se apresentando.
O professor deve observar, então, se os alunos compreendem e utilizam os conceitos geográficos e as relações espaço-tempo e sociedade no sentido de formar um cidadão que conheça os diferentes fenômenos geográficos e o relacionamento homem natureza na aldeia global.
História
A avaliação deve privilegiar a articulação conteúdo/forma.
É diagnóstica, permanente, continua, além de cumulativa e qualitativa. Ajuda a verificar se o aluno estabelece relações entre os conteúdos selecionados, a sua realidade e a realidade dos outros homens.
No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as hipóteses e os domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças que ocorrem no processo de ensino e aprendizagem. O professor deve identificar a apreensão de conteúdos, noções, conceitos, procedimentos e atitudes como conquistas dos estudantes, comparando o antes, o durante e o depois.
A avaliação posta dessa forma proporciona o valor (nota) uma nova dimensão no processo de ensino aprendizagem, pois ele apenas representa o julgamento realizado.
Inglês
A avaliação corresponde a uma determinada forma de olhar a questão pedagógica, o desenvolvimento do aluno e a construção do conhecimento. A avaliação será somatória e contínua, efetivada pela compreensão do que se quer que o aluno aprenda, estabelecendo com clareza a proposta de trabalho dirigida aos mesmos. Espera-se que o aluno seja capaz de entender as relações entre as partes do texto; distinguir as ideias principais das ideias secundárias (detalhes); tolerar ambiguidade no texto; parafrasear; usar o contexto para construir o significado e chegar à compreensão; continuar a leitura mesmo quando não obtiver sucesso, ao menos por alguns momentos.
È importante que o aluno tenha um posicionamento argumentativo e crítico em relação a sua leitura compreensiva do texto reconhecendo os diferentes tipos de textos.
Língua Portuguesa
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das aulas.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.
Em nossa escola de avaliação é processual, diagnóstica, continua e cumulativa.
Matemática
A avaliação tem como objetivo fundamental fornecer informações sobre como está se realizando o processo ensino – aprendizagem como um todo, isto é, abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno e também os objetivos, metodologia, conteúdos, recursos pedagógicos e tecnológicos, estrutura e funcionamento da escola e do sistema de ensino.
Ela deve ser contínua, dinâmica e com frequência informal, para que, por meio de uma série de observações sistemáticas, se possa emitir um juízo de valor sobre a evolução do aluno no aprendizado da matemática e tomar as atitudes necessárias.
A avaliação do desempenho dos alunos tem como finalidades em relação ao aluno: verificar e medir seu conhecimento matemático; acompanhar o desenvolvimento de seus procedimentos matemáticos; observar sua postura diante da matemática e possibilitar a reflexão sobre os seus êxitos e dificuldades e em relação ao professor: colher informações para orientação e tomada de decisões em relação à atuação docente e identificar as áreas em que alguns alunos apresentam dificuldades e reorientar o trabalho.
Química
A avaliação deverá manter um caráter contínuo e diagnóstico, possibilitando novos direcionamentos da metodologia, além de ser um meio para o professor melhorar sua prática pedagógica.
É entendida como processo, portanto, deverá ser contínua e promover uma constante elaboração/reelaboração do conhecimento produzido por alunos e professores.
A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é, ela não possui finalidade em si mesma, mas tem por função subsidiar e até mesmo redirecionar o curso da ação do processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do resultado que educador e educando estão construindo coletivamente.
Sociologia
A avaliação deve propiciar a verificação da apreensão de alguns conceitos básicos da ciência sociológica, articulados com a prática social; da capacidade de argumentação fundamentada teoricamente; da clareza e coerência na exposição das ideias, sejam no texto oral ou escrito.
Acompanham as práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina a reflexão crítica dos debates, análises de textos ou filmes, a participação nas pesquisas de campo ou na produção de textos que demonstrem a capacidade de articular teoria e prática.
Podem ser de várias formas, desde que os objetivos de apreensão, compreensão, reflexão sobre os conceitos e teorias e a construção do pensamento sociológico pelos alunos possam ser analisados.


Esse conjunto de concepções expressa as opções teóricas que embasam os posicionamentos e práticas de avaliação no Colégio Zardo. Com isso, constitui a vivência diária em que a avaliação respeita as legislações e as orientações da mantenedora, sendo, portanto: uma das dimensões que compõem o processo pedagógico, existindo de forma diagnóstica, processual, diversificada, somativa contínua, formativa, continuada e cumulativa.

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