quinta-feira, 30 de agosto de 2012

PROJETO FRAGMENTOS DE PROSA E VERSO: Uma iniciativa para escrever mais e melhor


Alexandro Muhlstedt
O PROJETO

Em julho de 2012, movidos pelo sonho e pela ideia da Diretora Naterci de Souza, nasce o Projeto Fragmentos de Prosa e Verso com o objetivo de estimular a escrita dos alunos.
Os professores de Língua Portuguesa coordenarão o trabalho de produção textual em todas as turmas do Ensino Fundamental, Médio e Técnico, recolhendo as produções mais expressivas. Os 100 melhores textos serão publicados em um livro a ser lançado em novembro.
Cada professor selecionará de 06 a 10 textos de cada uma de suas turmas. O critério principal é que o texto respeite as regras da categoria textual de sua turma, aspectos gerais da gramática e ortografia e originalidade.

AS PALAVRAS

Fragmento é a parte de um todo, um pedaço, a fração de algo que se dividiu ou partiu, o que restou de uma obra, parte extraída.
Prosa é a forma de falar ou de escrever, mais ou menos natural, sem sujeição a medida certa ou a certo número de sílabas, sem acentuação determinada, sem métrica, qualquer expressão linguística escrita ou falada que não seja poesia. 
Verso é a reunião de palavras medidas segundo certas regras, ritmadas pela quantidade de sílabas, cada uma das linhas de um poema, independentemente da métrica em que estão compostas, o oposto da prosa.

TURMAS E CATEGORIAS

6º e 7º anos - Poesia
8º e 9º anos - Memória Literária
1º anos - Crônica
2º e 3º anos - Texto de Opinião

CALENDÁRIO

30/07 a 03/08 - trabalhar as categorias textuais (gêneros)
06 a 10/08 - produção textual: temas livres
13 a 17/08 - seleção de 06 a 10 textos de cada turma
20 a 24/08 - correção e entrega dos textos

POESIA

Um texto poético, normalmente, gera-se a partir de uma emoção, um ideal, um desejo, um sentimento, uma revolta, enfim, uma realidade interior de grande intensidade e que leva o poeta a fixar numa forma particular essa vivência. Distingue-se da narrativa por não pretender contar uma história, mas antes expressar a mundividência do poeta.
Verso - Conjunto de palavras, de sentido completo ou não, com determinadas características rítmicas. Numa composição poética escrita aparece a ocupar uma linha, mesmo que tenha uma única palavra.
Estrofe - Verso ou conjunto de versos, geralmente com uma unidade de sentido. Cada conjunto, ao ser escrito, é demarcado de outro por um espaço. Cada estrofe recebe uma designação, segundo o número de versos que apresenta
Rima - A correspondência de sons a partir da vogal tónica da última palavra do verso designa-se por rima.

MEMÓRIA LITERÁRIA

Narrativa feita por um personagem sobre acontecimentos de sua vida com insistência sobre acontecimentos objetivos. Memórias literárias são textos produzidos por escritores que dominam o ato de escrever como arte e revivem uma época por meio de suas lembranças pessoais. Esses escritores são, em geral, convidados por editoras para narrar suas memórias de um modo literário, isto é, buscando despertar emoções estéticas no leitor, procurando levá-lo a compartilhar suas lembranças de uma forma vívida. Para isso, os autores usam a língua com liberdade e beleza, preferindo o sentido figurativo das palavras, entre outras coisas.
Nessa situação de produção, própria do gênero memórias literárias, temos alguns componentes fundamentais: um escritor capaz de narrar suas memórias de um modo poético, literário; um editor disposto a publicar essas memórias; leitores que buscam um encontro emocionante com o passado narrado pelo autor, com uma determinada época, com os fatos marcantes que nela ocorreram e com o modo como esses fatos são interpretados artisticamente pelo escritor. A situação de comunicação na qual o gênero memórias literárias é produzido marca o texto. O autor escreve com a consciência de que precisa encantar o leitor com seu relato e que precisa atender a certas exigências do editor, como número de páginas, tipo de linguagem (mais ou menos sofisticada, por exemplo, dependendo da clientela que o editor procura atingir). À medida que escreve seu texto, o escritor-autor-narrador organiza as vivências rememoradas e as interpreta, usando uma linguagem específica - a literária.
Nas memórias literárias, o que é contado não é a realidade exata. A realidade dá sustentação ao texto escrito, mas esse texto é constituído, também, por uma certa dose de inventividade. Por um lado, as memórias literárias se aproximam dos textos históricos quando narram a realidade vivida; por outro lado, aproximam-se do romance porque resultam de um trabalho literário.

CRÔNICA

A crônica é um gênero narrativo o qual narra fatos históricos em ordem cronológica, ou trata de temas da atualidade.
A crônica se diferencia do jornal por não buscar exatidão da informação.
Diferente da notícia, que procura relatar os fatos que acontecem, a crônica os analisa, dá-lhes um colorido emocional, mostrando aos olhos do leitor uma situação comum, vista por outro ângulo singular. O leitor pressuposto da crônica é urbano e, em princípio, um leitor de jornal ou de revista. A preocupação com esse leitor é que faz com que, dentre os assuntos tratados, o cronista dê maior atenção aos problemas do modo de vida urbano, do mundo contemporâneo, dos pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas grandes cidades.As características abaixo foram citadas por vários autores que tentaram entender a crônica enquanto estilo literário: Ligada à vida cotidiana; Narrativa informal, familiar, intimista; Uso da oralidade na escrita: linguagem coloquial; Sensibilidade no contato com a realidade; Síntese; Uso do fato como meio ou pretexto para o artista exercer seu estilo e criatividade; Dose de lirismo; Natureza ensaística; Leveza; Diz coisas sérias por meio de uma aparente conversa fiada; Uso do humor; Brevidade; É um fato moderno: está sujeita à rápida transformação e à fugacidade da vida moderna.


ARTIGO DE OPINIÃO

O artigo de opinião é um texto em que o autor expõe seu posicionamento diante de algum tema atual e de interesse de muitos. É um texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado, portanto, o escritor além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e admissíveis. Logo, as ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e, por este motivo, o mesmo deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados, além de assinar o texto no final. expor ideias pessoais através da escrita.
Nos gêneros argumentativos, o autor geralmente tem a intenção de convencer seus interlocutores e, para isso, precisa apresentar bons argumentos, que consistem em verdades e opiniões. leitor, a adotar a opinião apresentada. Por este motivo, é comum presenciarmos descrições detalhadas, apelo emotivo, acusações, humor satírico, ironia e fontes de informações precisas. Como dito anteriormente, a linguagem é objetiva e aparecem repletas de sinais de exclamação e interrogação, os quais incitam à posição de reflexão favorável ao enfoque do autor.
Outros aspectos persuasivos são as orações no imperativo (seja, compre, ajude, favoreça, exija, etc.) e a utilização de conjunções que agem como elementos articuladores (e, mas, contudo, porém, entretanto, uma vez que, de forma que, etc.) e dão maior clareza às ideias. Geralmente, é escrito em primeira pessoa, já que trata-se de um texto com marcas pessoais e, portanto, com indícios claros de subjetividade, porém, pode surgir em terceira pessoa.



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