terça-feira, 11 de setembro de 2012

INDISCIPLINA EM SALA DE AULA: Análise e alternativas de intervenção no Colégio Zardo

Alexandro Muhlstedt
INTRODUÇÃO

A Semana Pedagógica é uma atividade prevista no calendário escolar de todas as escolas da rede estadual do Paraná e ocorre uma no mês de fevereiro e a outra em julho, na qual equipe diretiva e pedagógica, professor e funcionários se encontram para estudos e reflexões.
Nos dias 19 e 20 de julho de 2012 foi realizada no Colégio Estadual Professor Francisco Zardo, de Curitiba, a Semana Pedagógica na qual discutiu-se o tema Indisciplina Escolar. A decisão por este tema ocorreu na Semana Pedagógica de fevereiro, tendo em vista inúmeros casos relatados no ano anterior. No mês de maio, em Reunião Pedagógica da escola, um conjunto de estudos e reflexões o tema foi também abordado, sendo que em julho ocorreu uma espécie de continuidade e aprofundamento, na busca por alternativas e ações com intuito de reduzir as ocorrências de indisciplina no cotidiano da escola.
Para isso, a Equipe Pedagógica da escola elaborou um projeto de estudos com um rol de textos e atividades a ser implementado na escola. Tal projeto foi encaminhado ao Núcleo Regional de Educação, que o aprovou sem ressalvas. Com isso, foi possível desenvolver um conjunto de reflexões tendo em vista a compreensão mais apurada do fenômeno indisciplina e as possíveis alternativas de intervenção no mesmo.

1. Compreendendo a problemática

Atualmente, a indisciplina na sala de aula tem gerado muitos conflitos entre professores e alunos e também comunidade, de tal forma que boa parte do tempo escolar acaba sendo utilizado para conter comportamentos desviantes e desafiantes, do que promovendo o ensino aprendizagem de conteúdos historicamente constituídos pela humanidade (definidos na Proposta Pedagógica Curricular da escola).
Tiba (1998) entende por indisciplina o aluno que traz de casa a falta de limites não estipulados pelos pais e excedem em sala de aula. A falta de regras objetivas por parte da instituição escolar favorece o abuso por parte dos alunos e expõem o professor. Para Aquino (1996) o assunto é complexo, há uma linha tênue entre indisciplina e violência, envolvendo professores, orientadores, diretores, pais e os próprios alunos, o problema em geral é tratado de maneira imediatista sem o circunstanciamento conceitual necessário. Segundo Antunes (1995), a sala de aula é e sempre foi um espaço que expressa continuidade da vida, reflexo do entorno. Se assim não for, não será sala de aula verdadeira, não permitirá que o aluno contextualize em sua existência os saberes que ali aprende, a sala de aula é um reflexo da sociedade.
Diante desta realidade verifica-se a importância de obras que expressem a natureza da indisciplina e apontam soluções de forma que oriente professores e profissionais da área educacional a conviver e a transformar esta verdade existente no cotidiano da vida escolar.
Nota-se que, hoje, predominam diversos termos de indisciplina envolvendo os alunos. Ninguém nasce rebelde ou indisciplinado, trata-se de um comportamento construído. A indisciplina em sala de aula é um pálido reflexo de uma indisciplina social.
As formas explícitas da indisciplina foram as mais evidenciadas, principalmente por meio de brincadeiras, palavrões, empurrões, provocações, brigas e outros. Podem ser percebidas igualmente na forma de violência implícita nas relações interpessoais aluno / aluno; aluno / professor; funcionário / aluno e nas condições de trabalho. No cotidiano da escola é comum observar que a forma como alguns professores tratam os alunos também é responsável pela perda de controle da turma e geração da indisciplina por parte de alunos, e, em alguns casos, por toda a turma. Alguns professores se colocam no mesmo patamar aos alunos no vocabulário, na postura e na falta de respeito também. É lamentável, mas isso acontece e necessita de maior compreensão, pois entre os próprios professores existe um descontentamento na forma de tratar os alunos. Se quem está a frente na condução do processo educativo não mudar alguns conceitos de tratamento, certamente a tendência é piorar. É possível fazer a diferença dentro da sala de aula e na escola, se cada professor assumir seu lugar de regente de classe e de educador com pleno domínio dos conteúdos e no tratamento humanitário e maduro como deve ser entre colegas e com os alunos.
Em virtude de presenciar tantos casos de indisciplina na sala de aula, e fora dela, o tema foi escolhido (por meio de pesquisa com o grupo de professores) em razão da necessidade de uma reflexão mais apurada e uma interação mais detalhada sobre esse problema tão comum e complexo em nossa escola, bem como a necessidade de elaborar alternativas de ação para enfrentar o problema.
O trabalho desenvolvido busca analisar criteriosamente fatores, causas, consequências e efeitos decorrentes dos comportamentos dos alunos. Também, levar em consideração os aspectos de ensino (por parte do professor) que provocam indisciplina e mal estar na sala de aula.
Motivados para desenvolver o estudo dos textos e a aplicação de atividades dinâmicas e interativas, a Equipe Pedagógica, em trabalho coletivo, buscou formas de concretizar um processo reflexivo bem focados no cotidiano, aprofundando a consciência do problema e buscando alternativas para solucionar ou, pelo menos, minimizar a problemática da indisciplina em sala de aula.

2. Estabelecendo objetivos

2.1. Objetivo Geral
Aprofundar estudos sobre a indisciplina e comportamentos desviantes dos alunos, buscando compreender causas e efeitos desses em sala de aula, analisando e elaborando ações para amenizar tais problemas.

2.2. Objetivos Específicos
Estudar textos sobre indisciplina, de diferentes autores, interpretando-os a luz da realidade do Colégio Francisco Zardo, buscando teorizar a prática.
Analisar os diferentes conceitos de disciplina escolar e fatores que interferem, elaborando, coletivamente, o conceito, discutindo posturas e atitudes que devem ser adotadas, que agreguem a realidade do Colégio Francisco Zardo.
Compreender os aspetos dos comportamentos escolares da criança e do adolescente a fim de corrigir problemas disciplinares.
Refletir sobre as causas que levam os alunos a tornarem-se indisciplinados na sala de aula, verificando o processo de ensino-aprendizagem e propondo atividades em que os alunos aprendam a noção de limite e corrijam comportamentos desviantes.
Escrever texto sobre ações docentes para melhorar os níveis disciplinares dos alunos do Colégio Francisco Zardo, publicando-os no blog da pedagogia.

3. Fundamentando os elementos teóricos

O aprofundamento teórico, à luz da prática, foi realizado envolvento os professores de todas as disciplinas e turnos do Colégio Francisco Zardo. As experiências vividas no cotidiano dera,. De algum modo, subsídios para uma reflexão e indagação sobre o tema indisciplina na sala de aula. É necessário salientar que o problema da indisciplina na escola é grave e angustiante. "O que fazer?" é a pergunta que muitos se colocam, entendemos que a primeira questão a ser enfrentada é a da postura face ao problema: superar as tradicionais formas de acusação, escapismos ou transferências de responsabilidades. É preciso que o professor se coloque na condição de sujeito. Ou seja, assumir não sendo absolutamente a única fonte do problema, nem, o único envolvido, tem uma responsabilidade diante dele.
Segundo Tânia Zagury (2002. p. 18), quando há relacionamento afetuoso, qualquer caso pode ser revertido em pouco tempo. O professor como intelectual não pode ficar no nível do senso comum de mera constatação dos fatos, precisa ir a raiz do problema, compreender suas múltiplas e complexas causas, a fim de poder assumir a parte que lhe cabe, se articular com outros segmentos compreendidos; ajudar na tomada de decisões e consciência e no assumir responsabilidades dos demais setores implicados (sensibilizarão, denuncia, pressão etc.); se envolver na luta pela mudança das estruturas maiores que geram os problemas (na sociedade, no sistema de ensino na escola).
A palavra disciplina deriva do latim discere e significa aprender, discípulo. Segundo Mendes apud Marcomini (2001), “o conceito de disciplina decorre de uma determinada concepção de criança, de adulto e de relações adulto-criança. Em síntese, decorre da concepção de Homem, de Sociedade e de Saber que se assume” (p. 4). Neste enfoque, considerar perspectivas de homem, sociedade e saber, é imprescindível para compreender a problemática que, com relevância, acrescenta-se na sociedade capitalista, em que as relações sociais são permeadas pelos interesses do capital e resultam em conflitos e contradições que se evidenciam na constituição do saber e das relações na escola.
Para Magalhães (1989, p. 40), a “indisciplina não se define por si, a mesma surge como a negação de qualquer coisa, seja essa coisa norma ou padrão socialmente aceito ou regra arbitrariamente imposta”. O indivíduo opõe-se às normas sociais que estão presentes em seu cotidiano, e, no ato de opor-se a tais regras, o mesmo pode demonstrar atitudes de desrespeito e agitação, que podem acarretar em uma queda da qualidade de uma determinada atividade em desenvolvimento. Um exemplo claro disso, aplicado ao ensino-aprendizagem, é a rejeição ou a não concordância com o método de ensino do professor, ou com os conteúdos (por exemplo), que aparece como indisciplina.
Em torno dessa problemática, pesquisas atribuem as causas a diversos fatores, tais como: o reflexo de pobreza e da violência; problemas no seu ambiente social; pais desinteressados com os filhos; a idade do aluno que interfere; ou o professor que é culpado.
É imprescindível compreender que o indivíduo se desenvolve segundo sua internalização social, sua cultura. Portanto, a indisciplina e a disciplina são apreendidas.
Sendo assim, a família exerce grande influência sobre o comportamento de indisciplina ou disciplina na criança, já que é a primeira forma de socialização do indivíduo, onde ocorre o repasse de cultura e de valores. Seguindo a linha de pensamento de Vygotsky apud Aquino (1996), o indivíduo se desenvolve conforme o meio, no qual, o ambiente familiar e social estrutura o comportamento do sujeito.
No enfoque dado ao contexto familiar, Moreno e Cubero apud Aquino (1996) identificaram três estilos de pais. Os pais autoritários, que são aqueles pouco comunicativos e muito rígidos, que exigem muito dos filhos, impõem regras, normas, e as crianças devem cumpri-las sem questionar. Utilizam-se ainda de ameaças, castigos físicos e retiram coisas que as crianças gostam, deixando-as, por exemplo, sem brincar. Os pais permissivos são o contrário, valorizam muito o diálogo, são afetivos, escutam a opinião das crianças, porém não conseguem dar limites, não são capazes de estabelecer regras às atitudes das crianças, deixando que as mesmas façam o que querem, não cobrando responsabilidade. O coerente é que se tenha um equilíbrio. Ser pai é ter autoridade, dispor de regras, limites, fazer com que o filho tenha uma disciplina em sua vida, mas também é ser amoroso e compreensivo. Os pais democráticos parecem conseguir esse equilíbrio. Estes são comunicativos, afetivos, estimulam as crianças a darem sua opinião. Contudo, estabelecem regras e limites, explicam os motivos, conseguindo assim, disciplina por parte das crianças.
Cada tipo de pai influencia no comportamento dos filhos. Os alunos cujos pais são autoritários, normalmente costumam ser obedientes, tímidas, com baixa autoestima e pouca autonomia, fazem as coisas que lhe são impostas sem reclamações, pois querem receber elogios ou não castigos. Os filhos de pais permissivos são mais alegres, contudo geralmente são imaturos, têm dificuldade de assumir responsabilidade, pois quase nunca tiveram limites, porque os pais têm pouco controle sobre eles. Os filhos de pais democráticos, por sua vez, frequentemente têm autocontrole, autoestima, iniciativa e facilidade de se relacionar.
O sujeito aprende muito com a família, mas isso não quer dizer que não pode aprender também em situações e contextos fora dela. A sociedade em geral, e os espaços frequentados pela criança, embora com especificidade diferente da escola, também ensinam.

4. Definindo os procedimentos metodológicos a seguir

Para um estudo abrangente e de suma importância para o grupo de professores do Colégio Francisco Zardo, optou-se pela reflexão e indagação sobre o tema indisciplina na sala de aula, evidenciando pontos relevantes do tema abordado.
É necessário salientar que o problema da indisciplina na escola é grave e angustiante. Traz inúmeros malefícios no processo ensino aprendizagem.
O professor como intelectual não pode ficar no nível do senso comum de mera constatação dos fatos, precisa ir até a raiz do problema, compreender suas múltiplas e complexas causas, a fim de poder assumir a parte que lhe cabe, articular-se com outros segmentos e profissionais da escola; ajudar na tomada de decisões e consciência e no assumir responsabilidades dos demais setores implicados (sensibilizarão, denúncia, pressão etc.); se envolver na luta pela mudança das estruturas maiores que geram os problemas (na sociedade, no sistema de ensino na escola).
Há necessidade de mudar. E a mudança ocorre pela conscientização e busca da transformação de conceitos para atitudes positivamente aceitas.
Utilizaremos procedimentos de leitura de textos e estudos, atividades individuais e em grupo, fazendo o levantamento dos problemas de indisciplina e realizando a previsão de ações pedagógicas para o enfrentamento e busca de soluções eficientes. Ao final de cada turno, haverá avaliação.
Organizou também um cronograma para o desenvolvimento do projeto nos três turnos, sendo que os horários definidos foram: de manhã das 8 às 12h, à tarde das 13h30 às 17h30 e à noite das 18h30 às 22h30. A Equipe optou por desenvolver as atividades nos três turnos da escola tendo em vista que há professores que participam da Semana Pedagógica só de manhã, só a tarde ou só a noite; outros que realizam as atividades de manhã e tarde, tarde e noite ou manhã e noite em razão de terem outras atividades profissionais (como é o caso dos professores dos cursos técnicos, que atuam em escolas municipais ou em instituições de ensino privado). Com essa estratégia, possibilitamos atingir a todos os profissionais, de acordo com a necessidade de cada um. Assim, a Equipe se organizou para que em todos os turnos houvesse a presença de pedagogos para a condução adequada das atividades. Observou-se também que cada turno tivesse atividades independentes, embora conectadas pelos objetivos do estudo.

5. Sistematizando as etapas do estudo

Para concretizar os caminhos do trabalho, a Equipe Pedagógica sistematizou as ideias e propostas de atividades da seguinte forma:
1. Estudo bibliográfico e aprofundamento teórico sobre indisciplina escolar.
2. Levantamento dos fatos e ocorrências que demonstram comportamentos desafiantes e de incivilidade dos alunos (construção da árvore da indisciplina).

Árvore da Indisciplina
Aos professores será solicitado que escrevam, em papeletas anteriormente preparadas, todos os problemas de disciplina em sala de aula. As papeletas serão colocadas em painel, e analisadas posteriormente.

3. Análise dos aspectos levantados e discussão sobre as causas de tais comportamentos, de acordo com as teorias anteriormente estudadas.
4. Definição de ações docentes para corrigir problemas disciplinares dos alunos.
5. Produção de texto pelo grupo, como forma de avaliar o estudo realizado, e publicação do mesmo no blog da pedagogia.

6. Organizando o Calendário das atividades

Para que cada turno tivesse uma organização de atividades adequada ao tempo estipulado, foi elaborado um quadro, separado por turnos, no qual consta as temáticas de cada turno. Com isso, ficou fácil visualizar e dividir as tarefas entre os membros da equipe.

19 de julho
MANHÃ
TARDE
NOITE
Boas vindas (Direção)
Explanação da pauta e atividades por turno

Estudo textual: Conceitos de Disciplina e Indisciplina

Em grupos, levantamento de ocorrências de comportamentos desviantes dos alunos (Árvore da Indisciplina)

Elaboração individual de mapa mental no Caderno de Memórias
Boas vindas (Direção)
Explanação da pauta e atividades por turno

Estudo de texto: Violência, Agressão e Indisciplina

Em grupos, levantamento das causas de comportamentos desviantes dos alunos (de acordo com a Árvore da Indisciplina)

Elaboração individual de mapa mental
Boas vindas (Direção)
Explanação da pauta e atividades por turno

Estudo de texto: Indisciplina em sala de aula

Em grupos, definição de ações para as ocorrências de indisciplina na escola, de acordo com suas causas (Árvore da Indisciplina)

Elaboração individual de mapa mental

20 de julho
MANHÃ
TARDE
NOITE
Estudo de texto: As ações para prevenção de problemas disciplinares

Produção individual de texto sobre Indisciplina e disciplina em sala de aula (digitação e publicação no blog da pedagogia)

Elaboração individual de mapa mental no Caderno de Memórias
Estudo de texto: Resolução de problemas: alternativas

Produção individual de texto sobre Indisciplina e disciplina em sala de aula (digitação e publicação no blog da pedagogia)

ou

Seleção de ações dos professores para sanar problemas disciplinares em sala de aula (troca de experiências).

Elaboração individual de mapa mental no Caderno de Memórias
Estudo de texto: Administração de conflitos em sala de aula

Produção individual de texto sobre Indisciplina e disciplina em sala de aula (digitação e publicação no blog da pedagogia)

ou

Troca de experiências e elaboração de cronograma de atividades dos cursos técnicos.

Elaboração individual de mapa mental no Caderno de Memórias


7. Avaliando o caminho percorrido

O trabalho será avaliado por meio da elaboração individual de Mapas Mentais no Caderno de Memórias (ao final de cada turno).

Caderno de Memórias é uma estratégia adotada no Colégio Zardo na qual cada professor possui um caderno aonde anota informações abordadas nos encontros e reuniões pedagógicas.
O Mapa Mental é uma forma de registro no qual o professor seleciona palavra chave da discussão que foi encerrada e, ao redor dela, escreve outras palavras ou desenhos como forma sintética de registrar o assunto.

Uso do laboratório de informática para digitação de texto reflexivo sobre Indisciplina em sala de aula.
Elaboração coletiva de regras a serem seguidas por todos para conter procedimentos e comportamentos indisciplinados dos alunos.
Preenchimento de questionário sobre as atividades da semana, avaliando o que foi realizado.

8. Apresentando o relatório do trabalho

No dia 19 de julho, no período da manhã às 8h iniciamos a Semana Pedagógica de julho. As mesas do ambiente foram organizadas em forma de "U" para que todos consigam se enxergar e também para facilitar os registros dos professores. Os Cadernos de Memórias são distribuídos a todos os que tinham deixado na escola.
Professores e pedagogos, animados, realizam os cumprimentos iniciais e relatam o que fizeram durante os 15 dias de recesso escolar. A Diretora Geral Naterci de Souza dá as boas vindas a todos e agradece a todos, especialmente pelo empenho na Gincana Cultural e Festa Junina, reforçando seus princípios de trabalho sério e competente para melhoria cada vez maior no ambiente escolar. Após, a Pedagoga Marcia Lima explicou a pauta da semana pedagógica, explicitando detalhes sobre as atividades a serem desenvolvidas. A Pedagoga Michele Paitra realizou a primeira palestra do dia, explorando os conceitos de “Disciplina e Indisciplina”.
Os pedagogos Alex Muhlstedt e Dilene Stival organizaram o grupo para realizar o registro no Caderno de Memórias, em forma de Mapa Mental. Sendo que sobre isso o professor Marcos Gomes, Filosofia, foi convidado a explicar o conceito. O grupo realizou o registro e em seguida o pedagogo Alex Muhlstedt orientou a discussão para construção da "Árvore da Indisciplina".
No período da tarde a abertura dos trabalhos foi feita pela Diretora Geral Naterci de Souza Schiavinato e a pedagoga Marcia Lima apresentou os slides com fotos dos professores na Gincana, chamando a atenção para o importante papel desempenhado pelos docentes. Teve a presença da pedagoga Maria Cristina Stival, que está em licença para realização de seu Doutorado, mas compareceu para apresentação aos docentes sobre Violência. A pedagoga expôs a temática, debatendo as variáveis e vivência dos grupo. Ao final, propôs, por meia da técnica do teatro do oprimido, a dramatização de fatos reais, coletados de jornais, de situações que envolvem violência escolar.
Foi uma atividade rica, produtiva e reflexiva em todos os sentidos.
No período noturno, os professores deram continuidade aos trabalhos.
As pedagogas Dilene Stival, Ivani Kyntj e Vanessa Nickel conduziram os trabalhos, orientando os professores para construírem soluções aos problemas levantadas na "Árvore da Indisciplina" organizada pelo grupo da manhã. Os professores então construíram a "Árvore da Disciplina".
No dia 20 de julho, sexta-feira, pela manhã, os trabalhos iniciaram-se com as palavras de boas vindas da Diretora Naterci de Souza Schiavinato. Em seguida, os trabalhos foram foram conduzidos pela pedagoga Fabiola Budel que apresentou reflexão e discussão sobre as ações a serem implementadas nos casos de indisciplina e mau comportamento dos alunos. Quando as reflexões foram concluídas, o grupo seguiu até o pátio da escola para o fechamento dos trabalhos. Encerrando as atividades da manhã, o grupo foi orientado a usar os equipamentos dos laboratórios de Informática para postarem comentários no blog da pedagogia sobre questões da Indisciplina.
No turno da tarde as atividades foram coordenadas pela Pedagoga Simone Grachicki. A reflexão também foi em torno de ações em casos de indisciplina e os professores foram provocados a analisarem casos de mau comportamento discente.
No período da noite a pedagoga Dilene Stival coordenou as atividades apresentando possibilidades de ações nas indisciplinas.

9. Expressando as opiniões e percepções dos participantes

Como parte da Avaliação da Semana Pedagógica ocorrida em 19 e 20 de julho registra-se a seguir alguns comentários dos professores. Esses comentários sintetizam as principais questões percebidas pelos docentes sobre a Indisciplina Escolar e estão postados no Blog da Equipe: www.pedagogiazardo.blogspot.com.

Estes dois dias foram de grande proveito pois foram tratados todos os eixos que geram indisciplina, no dia de hoje o destaque foram as regras não somente para os alunos mas para todo o corpo docente, uma vez que a regra deve ser a mesma em todas as disciplinas para que ocorram mudanças positivas, outro tópico interessante são a forma que as aulas são disponibilizadas aos alunos, nao devemos somente utilizar a tecnologia mas devemos sim utilizar coisas simples e fazer algo novo como por exemplo uma aula fora da sala de aula com textos que despertem o interesse do aluno.
Professora Cristiane - Ed. Fisica

Parabenizando a Equipe responsável pela organização, comprometimento e dedicação. As atividades dinâmicas permitiram relacionar teoria com a prática.
Débora Queiroz – Representante do Setor

Nestes 2 dias o tema principal foi a indisciplina, muito foi debatido, experiências foram relatadas e algumas possíveis soluções apresentadas. Refletimos sobre as causas que estão presentes na nossa escola e percebemos que conhecendo a história de vida dos nossos alunos, conseguiremos organizar melhor o dia a dia em sala, pois alunos motivados participarão melhor das atividades, colaborarão com sua realização e não sobrará tempo para indisciplina.
Prof Carmen e Prof Patricia - Inglês

Toda travessia é cheia de esperança. Ver que a gestão da sala de aula é uma ação possível a partir da ação planejada, organizada, onde se alcançam metas a partir de consensos, bom senso, cumprimento de regras e estabelecimento de limites claros, nos ajuda na caminhada. Ser claros no que queremos, comunicar-nos com uma linguajem mais próxima à dos estudantes com quem trabalhamos, com abertura às suas inquietações e em maior sintonia com o universo infanto-juvenil, ajuda e melhora nossa assertividade. Este semestre, com certeza, será ainda mais frutuoso e produtivo que o anterior. Parabéns à equipe pedagógica que nos proporcionou estes momentos de partilha e reflexão.
Prof. Mario Canisio - CELEM – Espanhol

Esta Semana Pedagógica, após muito tempo permitiu que se tratasse de questões próprias do Colégio com debates e dinâmicas. Desta forma pudemos realizar trocas de experiências e idéias para o retorno. Foi bastante positiva estas interações, espero que as próximas venham neste mesmo formato em prol das melhorias da realidade do nosso Colégio e Comunidade Escolar.
Professor Cassio Trevisan – Ed. Física

A Semana pedagógica foi sem dúvida foi muito proveitosa, pois discutimos um assunto que nos é pertinente, ou seja, vemos e convivemos com a indisciplina praticamente todos os dias,porém o trabalho feito nesses dois dias nos ajudou a perceber que todos estamos no mesmo barco, mas não devemos desistir e sim ajudarmos uns aos outros da melhor forma possível.
Marta Afornali – Língua Portuguesa

A semana pedagógica foi produtiva, pois nos fez relambrar várias questões sobre a organização da escola no Brasil e a disciplina na escola. Nos momentos em que participei (Palestra Cris e Fabiola)recordamos fatos que são importantes para desenvolver e organizarmos nossas aulas e ações em sala de aula, fazendo com que haja mais qualidade. A forma com os assuntos foram trabalhados também foram agradáveis não ficando cansativas.
Andreia – Biologia

O assunto tratado nessa semana foi muito interessante e proveitoso para os professores, pois, esse tema é relevante para todos.
Elias - Física

A indisciplina não é um “processo isolado”,pode ser considerada como um reflexo da desestruturação social e familiar dos cidadãos, a qual repercute de maneira direta nas ações escolares. A ausencia de valores como o respeito, a educação propriamente dita, os limites de convivência e outros, advindos com os alunos, são fatores que dificultam as ações pedagógicas expressados pelos alunos, através de sua própria imaturidade, da própria indisciplina apresentada, do desinteresse, da falta de objetivos concretos, da desmotivação e também por não sentirem que a escola seja um local com condições " atrativas" ao que uma grande maioria almeja; visto que outras tecnologias como a internet, músicas, vídeos sobre outros assuntos tornam-se mais interessantes. Apesar de que, segundo nossa avaliação a indisciplina não é o maior problema que enfrentamos neste estabelecicmento de ensino, pois, a falta de interesse e objetivos de uma parcela dos alunos são fatores mais relevantes.
Professores Claudio José Budel- Geografia e Gilmara Raquel Trombetta - Biologia

A capacitação é muito importante, pois nos ajuda a perceber que o problema é coletivo, as discussões e reflexões nos ajudam a acalmar a nossa ansiedade em relação ao tema proposto e nos mostram que podemos ter novas atitudes e perspectivas sobre o assunto.
Rosalia M. P. Antunes - Língua Portuguesa

Estes dois dias foram muito bem organizados e de grande proveito e nos fizeram refletir sobre indisciplina, suas formas e causas.O que se tira de tudo isto é que devemos nos aproximar mais dos nossos alunos para que nossas aulas se tornem dinamicas e com melhores resultados,isto é, devemos motivar mais nossos alunos para com isso diminuir a indisciplina em sala.
Tatiana - Física

A semana pedagógica teve como tema principal a Disciplina e a Indisciplina, algo que vivenciamos em nosso cotidiano. Tanto na escola como na sociedade. Discutimos sobre o tema e percebemos que ele atinge a todos, relatamos nossas experiências e sentimos que é algo preocupante. Mas que juntos (família, escola, autoridades e sociedade em geral) podemos e devemos intervir, para que mais tarde não tenhamos situações mais agravantes e que fogem ainda mais de nosso controle. 
Ana Paula (História e Ensino Religioso) e Elza (Matemática)

O ensino do Docente está centrado em desafios que muitas vezes nos trazem barreiras a serem vencidas no dia a dia do trabalho. Isto nos proporciona buscar mecanismos planejados, organizados na nossa organização diária que muitas vezes parece não ter solução. Estes momentos é que nos inpulsionam para mostrarmos que a nossa Educação tem solução e que precisamos agir em conjunto nas dificuldades; pois estas, são reforçadas com a união e interação conjunta de toda a atuação da e na Escola para buscar produzir resultados mais próximos de um ideal de sociedade mais justa e igualitária.
Jorge - Informática

Em nossa Reunião Pedagógica desta semana, tivemos oportunidade de refletir sobre a questão da disciplina e da indisciplina. Celso Antunes, Celso Vasconcellos, Içami Tiba e outros foram utilizados para embasar as reflexões.Constatamos sobretudo, que a disciplina é fundamental para que haja um processo de ensino aprendizagem eficiente. Neste processo todos estão envolvidos: pais ou responsáveis, a sociedade e seus valores,a escola, o educando e sobretudo o professor. A sua conduta, o seu empenho, sua desenvoltura, organização pessoal, planejamento e criatividade são referências para que este processo transcorra de forma positiva.
Euclides - Geografia

Uma semana muito enriquecedora, pois proporcionou a todos os professores, direção e equipe pedagógica, uma grande interação e troca de ideias. Tivemos uma condução muito interessante dos pedagogos que, escapando do lugar comum, introduziram um trabalho diferenciado, onde a participação foi total. Tivemos uma grande oportunidade de repensarmos nossas práticas pedagógicas e principalmente, entendermos e clarificarmos conceitos como disciplina e indisciplina. Faço votos que os próximos encontros sejam cada vez melhores e desejo um grande semestre a todos os colegas.
Profº Marcos Gomes - Filosofia

Foi excelente poder participar destes dois dias aqui no Colégio Zardo.Rever colegas poder acompanhar os temas que foram perfeitamente abordados.O dialogar ouvir e principalmente respeitar o próximo não é algo ultrapassado,ainda está em moda,pois a polifonia fazem nossos atos serem repensados e reavaliados.Parabéns a toda equipe que fez estes dias ficassem com o gosto de quero mais.Obrigada.
Professora Marilei Quint Seronato - Língua Portuguesa

Com relação a semana pedagógica do mês de julho gostei muito porque abordou os problemas que vivenciamos no dia a dia na escola repensando. Claro que verificamos que a mídia ainda detém um poder muito grande com relação a nossa sociedade ainda precisamos formar cidadãos conscientes e críticos que percebam as diferenças as quais estão vivendo na sociedade isto a longo prazo já que para amadurecer as idéias precisamos sempre estar batendo na mesma tecla porque estamos vivendo numa sociedade com muita rotatividade de pessoas e tecnologias e através destes motivos faremos ajustes com relação aos valores humanos que acreditamos ser adequado neste momento em que vivemos. É óbvio que é difícil mas a perseverança e a esperança nos ajudaram a permanecer firmes neste intuito que se chama educação. Estamos vivendo numa sociedade que exige rapidez a todo momento acabamos nos influenciamos deixando de resolver tudo com muita calma, temos que repensar para não nos tornamos menos pensantes e críticos como gostaríamos de ser e estamos batalhando para isto. O que tenho percebido que a todo momento temos que estar resolvendo todos os problemas que estão acontecendo na sala e assim sempre estamos usando o bom senso e diálogo surtindo efeitos que compensam nossa missão de educadores nesta sociedade e gratificados ou honrados nesta profissão.
Professora Sonia Regina Trevizan Pereira

O trabalho pedagógico foi muito revevante nas questões levantadas, planejado com objetividade e pontualidade.Demonstrando o respeito que a equipe tem com os professores.
Marion Ribeiro – Biologia e Ciências

Percebe-se que a grande causa da indisciplina está ligada à família, ou melhor, a ausência dela, visto que a desestruturação familiar gera a falta de valores que contribuem para o processo de compreensão e a prática da disciplina. O desrespeito é o grande pilar da questão escolar, e este desrespeito é gerado pela falta de um determinado valor humano – o respeito. Assim, retorna-se aqui à questão social proveniente da desestruturação familiar, causando a falta de valores presente na sociedade atual. Sendo assim, percebe-se que a família tem o papel principal na questão da disciplina e isto é percebido, claramente, no cotidiano escolar, onde alunos disciplinados, geralmente, possuem famílias estruturadas, já os alunos indisciplinados não.
Débora - Matemática

A questão “indisciplina” começa na estrutura da família com a ausência dos pais levando na maioria das vezes à falta de limites, regras,valores,... e vem desencadear na escola que muitas vezes não é organizada para receber esse aluno. Felizmente em nossa “escola” estamos nos organizando e tentando trabalhar em sintonia para que possamos de forma harmoniosa tentar resolver as questões de indisciplina. Nestes dois dias, o trabalho foi muito produtivo, porque pudemos dinamizar, comentar, discutir, expor nossas opiniões, divergir, enfim produzir coletivamente. Muitos desafios ainda teremos que enfrentar e só com a união do coletivo poderemos quem sabe a longo prazo vencer o maior deles e aquele que tanto nos aflige nos dias de hoje. Cito finalmente o que o nosso colega Euclides comentou sobre “disciplina” e que estou totalmente de acordo. A disciplina em sala de aula depende basicamente de 3 fatores: organização pessoal, o nosso estado de espírito e da linguagem do nosso corpo.
Filomena - Matemática

Da forma como foi trabalhada a semana pedagógica com o tema Indisciplina, me da motivação para dar continuidade ao ano letivo. Espero que as idéias trabalhadas surtam efeitos positivos. Sendo notória a maneira que nosso colégio lida com esse tema, já havendo uma redução significativa nos casos de indisciplina.
Silvana - Matemática

A Semana pedagógica foi organizada sobre o tema gerador Indisciplina – e pude observar que nestes dias colocamos em prática o objetivo deste evento que é • Desenvolver o profissional de Educação através de diversos exercícios e troca de experiências; atividades essas que em conjunto levantamos, discutimos e pudemos fazer uma Análise Institucional em Busca de Alternativas. Realmente foi um momento muito proveitoso, com base conceitual muito bem trabalhada proporcionando várias discussões, mudanças e propostas de mudanças de paradigmas.
Prof. Claudia Felisbino dos Santos - meio ambiente.

Antes de qualquer comentário gostaria de dizer, como um dos profissionais com maior tempo de serviço neste estabelecimento, alguém que presenciou diferentes épocas e fases pelas quais a instituição passou, que tenho muito orgulho e satisfação de ver o atual andamento das atividades e o nível de entrosamento e seriedade dos profissionais que aqui atuam, especialmente em relação aos trabalhos desenvolvidos nos momentos de capacitação e reflexão, como nestes dois dias. Parabéns à equipe pedagógica pela organização e clareza. O nosso nível de participação e contentamento, enquanto professores, é muito maior quando percebemos que houve preparação, dedicação e sobretudo quando percebemos firmeza e domínio dos temas tratados. Em relação à (in) disciplina, tema tratado, percebo como de grande complexidade, envolvendo fatores como conflito de gerações, família, condição social, econômica, histórica e até religiosa. Conforme comentário de um colega num dos momentos em que fomos indagados sobre a questão, “um problema insolúvel, com o qual devemos e temos que conviver e nos adaptar”. Para complicar ainda mais, conforme fala de outro colega, “a sociedade e o governo não estão nem aí para a escola...”. Apesar de todas essas dificuldades e contradições, a escola está aí, defasada e fora do tempo como sistema, mas tem que funcionar. Dia 23 nossos alunos retornam e temos que fazer o melhor, cada um do seu jeito, usando suas técnicas, buscando inovar, buscando entendimento e harmonia, acima de tudo. Todos temos nossas qualidades e com certeza, com esforço, faremos a diferença. Sejamos humildes quando necessário, busquemos auxílio com quem tem capacidades e dons que nós não desenvolvemos. Façamos o máximo para tornar nossas aulas interessantes, aproximando-as da linguagem deles, na medida do possível. Aula interessante é igual a semana pedagógica bem organizada, para voltar à idéia inicial. Ótimo semestre a todos. Estou à disposição, como sempre.
Prof. Damasceno - História

A indisciplina ainda é o maior desafio para os professores que atuam em sala de aula, pela diversidade de interesse dos alunos, pela educação recebida em casa, pelo próprio temperamento do aluno, que já não está mais nem aí se o professor que está dando a aula reivindica sua atenção.. Não é fácil dar uma aula que "agrade" a todos, pois metade presta atenção e a outra metade conversa. Aí já inicia um conflito, que se não for bem administrado por ambas as partes,é um grande problema. A mediação de conflitos em sala de aula é de longe uma habilidade qe todos os professores tem que desenvolver, de maneira que o quadro se apresenta.
Marilise - Artes


A indisciplina continua e ainda vai ser nosso desafio, dentro da sala de aula. É uma luta diária, entre tentar-mos levar conhecimento aos alunos, o que o mundo lá fora mostra para eles, como melhor, mais prazeroso. Esse trabalho deve ser acompanhado pelas familias ou ao menos por quem se interessa, pela educação desse aluno. Bons exemplos da familia e dos docentes, é uma pequena maneira de tentar-mos amenizar o problema da indisciplina, é eu realmente disse amenizar.
Prof Vilmar Marques – Administração

Parar e analizar os rumos de um objetivo a ser alcançado, faz com que tornemos mais fácil e eficiente a caminhada. Nestes dois dias pudemos compartilhar as dificuldades, que são muito semelhantes, para acharmos a melhor forma de encaminhar a solução de cada problema. A forma como os trabalhos foram conduzidos pela equipe pedagógica, quanto ao conteúdo, a infraestrutura destes dias, disponibilizada pela direção da escola e principalmente a participação dos professores nas atividades, somaran-se para o exito desta semana pedagógica. Parabéns a todos.
Alberto Choinski Kloster - Informática

A indisciplina de alguns alunos em sala de aula prejudica o aprendizado daqueles que vem a escola pra aprender. É preciso buscar soluções para resolver esta questão, pois muitos alunos que tem interesse em aprender acabam perdendo a motivação, pois não conseguem se concentrar naquilo que o professor está explicando e alguns até desistem dos estudos.
Marcos - Informática

A indisciplina em sala de aula pode ser considerado um problema que tem como principal causa a falta de valores como familia, religião, e respeito ao próximo dentre outros, tudo começa na maioria das vezes com o lar desestruturado onde nascem nossos alunos, e assim eles vêm para a escola sem qualquer valor moral, tendo muitas vezes como vávula de escape a sala de aula, que é onde eles demonstram suas carências e tentam pedir ajuda. O professor não pode ser o salvador da pátria, mas pode estar atento e encaminhar esses alunos para que possam ter um acompanhamento pedagógico, familiar ou até mesmo psicológico se necessário.
Josiane Gomes Soares - Informática

Momentos como essa Semana Pedagógica, em que "entramos de cabeça" mesmo, proporcionam aprendizados que não são encontrados facilmente nas cadeiras da Academia, em sala de aula. A troca de experiência entre profissionais da educação realmente é uma oportunidade para repensarmos nosso fazer enquanto educador. Atitudes, comportamentos, condutas... Os educandos nos tomam como referência e nosso exemplo fala mais que mil palavras. A indisciplina pressupõe a necessidade de mudança. Em um conflito devemos entender a lógica do outro a partir da sua própria razão para se chegar a um entendimento.
André Leon - Sociologia

Mediante informações trabalhadas nesta formação, a disciplina na escola é uma questão de boa conduta, de formação de hábitos e valores trazidos de casa. Que permitem ser moldado no ambiente escolar.
Nosso trabalho é capaz de ajudar o aluno a ser disciplinado em todos os sentidos, a fim de que ele possa intervir em sua realidade e transformá-la. Através do diálogo, da conscientização, do comprometimento, da elaboração coletiva das regras disciplinares em sala de aula e da escola.
Com diálogo a indisciplina passa a dar lugar ao relacionamento equilibrado, de interação e troca de conhecimentos onde muitos professores alcançam de seus alunos o máximo de suas potencialidades. Porém, para se chegar á disciplina creio que o caminho é esse, a discussão, em prol do respeito ao ser humano e sua diversidade de pensamento, procurando desenvolver ações coletivas a serem seguidas por todo corpo docente na busca de um mesmo ideal.
Professora Vagna Ap. S. Munhão - Biologia

Disciplina ou indisciplina? Um desafio que se propõe às direções, equipe pedagógica e professores. A definição do conceito, positivo ou negativo, passa por nuances que não podem ser avaliadas com precisão e muito menos sob posturas dogmáticas. No entanto, o trabalho realizado permitiu uma visão ampla e peculiar de cada participante das reuniões pedagógicas realizadas. A prática educacional de todos prevaleceu sobre considerações acadêmicas. Isso proporcionou um caráter efetivo e integrado capaz de oferecer experiências pessoais e posturas longe das concepções e conclusões simplistas.

Assim, há disciplinas, contéudos que favorecem a disciplina, pelo seu caráter ajustado à cultura do passado e da atual. A questão dos valores esquecidos e a influência do consumismo disseminado no seio das famílias ganhou destaque e, a partir de considerações sobre ele, permitiram uma visão engajada dos conceitos de disciplina em indisciplina. Esta semana pedagógica proporcionou um enriquecimento maior, pelo diálogo, talvez não observável nas anteriores. Se um verbo demonstrar uma disposição interior favorável, vai lá: Valeu!
Dirlene Aparecida – Química e José Melquíades Ursi - Filosofia

Apesar de não participar da semana pedagógica em sua totalidade, ainda assim foi possível perceber a boa vontade e capacidade da equipe pedagógia em fugir da mesmice de anos anteriores (não é uma crítica à equipe mas sim as determinações da SEED que por tempos ofereceram um material confuso, massante e pouco (ou nada) produtivo aos professores).
O tema (in)disciplina, como muitos falaram, ainda vai ser por muito tempo o foco de debates e buscas para tentar amenizar um pouco a falta de um bom ambiente para o professor desenvolver seu trabalho, bem como para alguns bons alunos terem assegurado o seu direito em aprender, haja vista a insistência e a falta de responsabilidade de alguns alunos que optam pela indisciplina como seu comportamento preferido. Acredito que nós, enquanto escola, na maior da boa vontade (o que é característico dos professores) estamos absorvendo culpas, buscando justificativas/entendimentos e buscando soluções em um universo que transcende a própria escola. Eu pergunto, será que o poder público está tendo esta mesma "boa vontade" e "trabalhando" na tentativa de resolver tais questões? Será que as famílias estão interessadas em saber e procurar contribuir na melhoria deste estado de coisas? Será que a Segurança Pública estão realizando um trabalho efetivo e eficiente dando sua cota de colabaração para termos um ambiente melhor em todas as escolas? Pois é meus amigos, se encontramos alguns "nãos" para as questões anteriores (eu acredito em 3 nãos) fica estabelecido que o que sobra somos apenas nós, bem intencionados e batalhadores professores...
Vladimir - Ed Física.

A Semana Pedagógica, pela primeira vez nos permitiu tratar sobre as questões pontuais do Colégio. As dinâmicas desenvolvidas foram somadas as trocas de experiências com debates e dinâmicas. Desta forma pudemos realizar trocas de experiências e ideias para o retorno. Acredito ter sido bastante positiva para todos os docentes e saliento que as atividades vindouras deveriam continuar neste formato.
Prof. Everson Adelmo PasqualiMeio Ambiente

10. Realizando as Considerações Finais

O tema não foi esgotado. Ao invés de respostas para todos os problemas, inúmeros outros questionamentos emergiram. No entanto, ficou clara a compreensão mais apurada do tema, bem como a delimitação de alternativas práticas para implementar no cotidiano da escola e com isso enfrentar com mais propriedade o problema da indisciplina.
Dentro só problemas levantados pelos professores na “Árvore dos Problemas” estavam: falta de concentração e de base nos conteúdos trabalhados pelo professor, aulas vagas, conversas paralelas, boicote no uso de uniforme e carteirinha, descomprometimento com a escola, atrasos às aulas, etc. Para isso, almeja-se que o aluno se concentre mais nas aulas, cumpra as regras, evite conversas paralelas, siga bons exemplos, e com isso, ocorra um diálogo mais frequente e aberto entre todos.
Importa, pois, desenvolver ações, numa perspectiva coletiva, para sanar os problemas e resolver os conflitos de forma dialogada e clara, evidenciando o respeito mútuo e a busca por um ambiente pedagógico mais adequado ao ensino e à aprendizagem.

11. Referencial Bibliográfico

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CURY, A. J. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.
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MAGALHÃES, O. A causa das coisas: Indisciplina e Escola. São Paulo: Aprender, 1989.
MENDES, F. A indisciplina em aulas de educação física no 6° ano de escolaridade – Contribuindo para o estudo dos comportamentos de indisciplina do aluno e análise dos procedimentos de controle utilizados pelo professor. Tese de doutoramento da faculdade de Ciências de Desporto e Educação Física. Universidade do Porto, 1995.
MORALES, P. A relação professor-aluno: o que é, como se faz. 4ª edição. São Paulo Edições Loyola, 1999.
VASCONCELLOS, C. dos S. Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. São Paulo: Libertad, 1993.
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ZAGURY, Tânia. O professor refém: para pais e professores entenderem por que fracassa a educação no Brasil. 7ª Ed. Rio de Janeiro: Record, 2006.

______. Escola sem conflito: parceria com os pais. 8ª. Ed. Rio de Janeiro: Record, 2008.

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