terça-feira, 4 de dezembro de 2012

GÊNERO E DIVERSIDADE SEXUAL NO CONTEXTO ESCOLAR: Refletindo e elaborando alternativas de trabalho no Colégio Estadual Professor Francisco Zardo

Alexandro Muhlstedt

INTRODUÇÃO

O presente documento é resultado dos estudos empreendidos por um grupo de professores do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo, de Curitiba, por meio do Grupo de Estudos semi presencial, ofertado pela Secretaria de Estado da Educação (SEED) e organizado pelo Departamento da Diversidade.
Trata-se de estudos sobre a temática Gênero e Diversidade Sexual.
A sexualidade humana sempre foi abordada com receios e certo rigor impostos pelos moldes sociais. No entanto, trata-se de algo inerente ao ser humano, o que implica necessariamente pensar na diversidade sexual e mesmo utopicamente pensar nos princípios de igualdade, de liberdade e de fraternidade, preceitos básicos para a convivência em sociedade, advindos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) e dos valores da democracia, assegurados pela Constituição Federal de 1988.
Em uma sociedade marcada pela heterogeneidade e pela diversidade de identidades de gênero e sexuais, pode-se voltar o olhar se volta para a escola, considerando-a um ambiente profícuo para a equidade de gênero e para a diversidade sexual. O que nem sempre ocorre, pois ainda se observa uma prática pedagógica que tem como suporte norteador valores socioculturais baseados em uma cultura heteronormativa. Esse posicionamento alija aqueles que são considerados por ela como “anormais”, como é o caso dos jovens homossexuais no espaço escolar.
Assim, estudar gênero e diversidade sexual na escola deve ter como mote fazer emergir reflexões sobre as práticas existentes no ensino e na formação de professores.

1. Justificativa

Nos últimos anos, vivemos um "boom" de quebra de paradigmas, ideologias, mudanças de comportamentos, que não deixam mais que minorias excluídas fiquem caladas. Mesmo assim, ainda é muito delicada a abordagem de comportamentos com relação a temática de gênero e diversidade sexual. Isso ocorre porque, dependendo de como o professor aborda (e quanto a isso, o professor deve estar muito bem preparado, tanto emocional como juridicamente) muitos pais podem pensar que este estaria interferindo na sexualidade de seus filhos. Algum comentário mal colocado, alguma opinião pessoal do professor pode vir a desencadear questionamentos de toda ordem, ameaças, processos, etc. Assim, se o assunto será abordado na aula, temos que deixar que eles (os alunos) falem.
Sendo um assunto delicado, porque lida com a intimidade da pessoa, envolve questões emocionais, histórias, valores, sentimentos. É essencial trabalhar o tema em sala porque um dos objetivos do trabalho com o aluno é ensiná-los a serem mais justos e compreensíveis, dentro de uma sociedade que é bastante “cruel” e desumana.
Segundo Louro (2000, p. 81) trabalhar a temática da diversidade sexual na escola é compreender que “...a presença da sexualidade independe da intenção manifesta ou dos discursos explícitos, da existência ou não de uma disciplina de Educação Sexual, da inclusão ou não desses assuntos nos regimentos escolares. A sexualidade está na escola porque ela faz parte dos sujeitos, ela não é algo que possa ser desligado ou algo do qual alguém possa se 'despir'.”
Outro motivo é contribuir para que os alunos desenvolvam atitudes não preconceituosos em relação quem é diferente (deles), seja com relação à cor, sexo, etnia, religião, etc.., compreender que tudo passa pela tolerância e intolerância. Nesse aspecto, percebe-se que existe um certo medo da “contaminação”, do “ensinamento da homossexualidade”. Porém, isso explicita justamente o fato de que a condenação dos gays é feita essencialmente por aqueles que desconhecem o assunto, e se recusam a conhecê-lo. Esquecem que conhecer para respeitar é fundamental.
É preciso, então, valorizar as diversidades, evitando “reduzir o multiculturalismo a uma questão de informação” (SILVA, 2000, p. 106), incluindo nessa proposta as identidades de gênero e sexuais, uma vez que

diferentes currículos produzem diferentes pessoas, mas naturalmente essas diferenças não são meras diferenças individuais, mas diferenças sociais, ligadas à classe, à raça, ao gênero. Dessa forma, uma história do currículo não deve ser focalizada apenas no currículo em si, mas também no currículo como fator de produção de sujeitos dotados de classe, raça, gênero. Nessa perspectiva, o currículo deve ser visto não apenas como a expressão ou a representação ou o reflexo de interesses sociais determinados, mas também como produzindo identidades e subjetividades sociais determinadas. O currículo não apenas representa, ele faz. É preciso reconhecer que a inclusão ou a exclusão no currículo tem conexões com a inclusão ou exclusão na sociedade (SILVA, 2011, p.10).

Quando na mídia o assunto homossexualidade é transformado numa consequência da (má) educação, ou da falta de afeto, com "falas" de que se trata de um fator de moda, externo, imposto ao indivíduo frágil e influenciável, é negar que uma pessoa possa expressar por si própria a atração por outros do mesmo sexo. Por isso mesmo, os educadores devem conhecer, respeitar e tratar do tema à luz dos direitos humanos, como forma de expressão e liberdade. Afinal, a escola também é um espaço fundamental de construção de novas práticas e atitudes, além de ser o lugar de socialização de conhecimentos científicos e técnicos (que orientam, junto com a família e outros espaços e agentes, o comportamento social). Até porque escola é um ponto privilegiado para trabalhar a diversidade da cultura humana e os valores éticos de respeito ao outro.

2. Problemática

Britzman (1996) lembra alguns dos medos que assombram educadores e educadoras profissionais, pais e mães ao lidar com questões da sexualidade. Um deles é supor que falar sobre homossexualidade pode levar garotos e garotas a se tornarem homossexuais; outro receio é de que aquele ou aquela que fala sobre essa prática em termos simpáticos ou não preconceituosos possa vir a ser reconhecido como gay ou lésbica. Para escapar desse perigo, muitos adultos preferem dizer que não sabem nada sobre a homossexualidade, que não entendem disso, ainda que essa afirmação possa significar uma demonstração de ignorância da sexualidade. Esse tipo de atitude – “não tenho nada a ver com isso” – nega o fato de que as identidades sexuais são, todas, interdependentes, quer dizer, nega que as identidades sexuais (como qualquer identidade) se fazem em relação umas com as outras. Para que alguém possa dizer eu sou heterossexual, ele ou ela precisará, necessariamente, lidar com a identidade homossexual – ainda que seja para negá-la, para dizer o que ele ou ela não é.
A diferença é sempre construída numa relação.Se é papel da educação fomentar a construção de uma ética fundada no respeito aos direitos humanos, condição básica para a vida em sociedade, os professores devem, então, estar atentos aos estereótipos de gênero, à homofobia e intervir em toda e qualquer situação de preconceito, reforçando a dignidade humana, a defesa da cidadania.
Desse modo, construir-se-á, no cotidiano da escola, por meio de atitudes, a melhora do comportamento dos alunos, sobretudo em atitudes de maior tolerância e respeito.

3. Objetivos

  • Trabalhar as questões do preconceito, levando os alunos a entenderem e respeitarem a orientação sexual do outro.
  • Conhecer melhor as questões da Diversidade Sexual e de Gênero no contexto da escola.
- Manter Fórum permanente de discussão e troca de informações no blog do grupo de estudos.
- Fomentar a temática sobre gênero e diversidade sexual nas semanas e reuniões pedagógicas.
- Realizar o estudo dos temas (conteúdos) da Diversidade presentes na Proposta Pedagógica Curricular.
- Desenvolver atividades com os alunos que envolvam o conhecimento e o respeito à Diversidade.
- Organizar práticas escolares que levem em consideração a Diversidade existente nas salas de aula.

4. Conteúdos

Os assuntos, ou conteúdos, estão presentes na Proposta Pedagógica Curricular do Colégio Zardo.
Em 2011 foi realizado um conjunto de atividades com o intuito de definir os conteúdos de cada uma das legislações solicitadas nas diferentes disciplinas do currículo escolar. Dentre elas questão de gênero e diversidade sexual.
Discutir a homossexualidade em sala de aula é um caminho possível para refletir sobre a diversidade. Para isso, valem as discussões sobre as imposições dos determinismos cultural e biológico. Papéis das pessoas de sexo masculino ou feminino impostos por concepções meramente biológicas acabam sufocando o direito de exercer a diversidade. Isso se complica quando a cultura reforça apenas duas possibilidades com base nos órgãos sexuais.
Outros temas que podem ser trabalhados são: o sexo, a sexualidade, a raça, a etnia, o gênero e a educação sexual. Tudo isso debe ser abordado desde a infância pois são conhecimentos imprescindíveis à formação integral da criança e do jovem.
Louro (2000) ensina que “como educadoras e educadores precisaríamos, pois, voltar nosso olhar para os processos históricos, políticos, econômicos, culturais que possibilitaram que uma determinada identidade fosse compreendida como a identidade legítima e não-problemática e as demais como diferentes ou desviantes. Há que se analisar também as formas como a escola tem lidado com essas questões”.
Várias questões podem ser abordas como conteúdos de aula, como por exemplo: o mundo do privado e do doméstico; as muitas formas de viver o feminino e o masculino, a família, as relações amorosas, a maternidade e a paternidade; o erotismo e o prazer. Também é possível realizar boas análises sobre questões da sexualidade exercidas pelo cinema e pelas revistas masculinas ou as revistas de boa forma, pelos quadrinhos e desenhos animados, pelos blogs e pelos livros de autoajuda, pela publicidade ou pelos bailes da terceira idade que, de um modo ou de outro, estão no cotidiano dos alunos e são fundamentais na construção de identidades de gênero e sexuais.

5. Metodologia e estratégias

Cabe a cada professor incluir e desenvolver os temas de acordo com a sua dinâmica de trabalho.
No Colégio Zardo existe a prática de utilizar o blog da pedagogia como um espaço para divulgar ações dos temas da diversidade. Assim, publica-se material dos alunos (fotos, textos, vídeos) além de avaliar o conhecimentos dos mesmos por meio de seus comentários.
Na questão de gênero e diversidade sexual pode-se trabalhar o tema no teatro (dramatizar, improvisar, contar), pesquisar, debater, ver trechos de filmes, entre outras formas. Os pais devem estar cientes destes temas relevantes, pois alguns temas abordam estruturas de formação de conceitos formados por família, por isso, conta muito conhecer quem são os alunos e estar bem preparado com conhecimento de causa e amparados legalmente, se necessário for.
Sempre que há uma oportunidade trazer o tema para a sala de aula, visando o amor ao próximo independente de sua cor, etnia e opção sexual. Todos têm direito a ter opiniões, concordar e discordar, vivemos em um país livre, porém sem a discriminação e o preconceito, pois atos desse tipo geram a violência que pode ser física, verbal ou emocional.
Uma das formas para se trabalhar o tema é através de filmes, documentários e palestras, porque quanto mais se evita discutir o assunto, mais aumenta o preconceito.
No cotidiano da escola, há um lema do tipo “Não se fala muito nisso na escola”. Ao utilizar o filme "Billy Elliot", para concluir o conteúdo de dança houve um certo receio de que algum pai ou mãe viesse até a escola questionar o porquê do uso daquele filme, porque já houve professores que tiveram problemas por exibirem filmes desse tipo. O conteúdo do filme aborda de maneira muito madura e bem resolvida a questão da masculinidade e do ballet, mas existe uma opinião machista de que homens que são "homens", não podem gostar de dançar ballet. Felizmente não houve nenhum problema.
Essas ações são as que devem ser desenvolvidas na escola. Os filmes são fortes aliados para falar sobre o assunto, haja visto os quatro filmes sugeridos para nortear as discussões. Ao utilizar filmes que façam abordagem com os conteúdos de gênero e diversidade sexual desenvolve-se uma ótima maneira do professor abordar e verificar em forma de seminário, discussões ou mesmo atividades escritas se o aluno mudou seu pensamento em relação a preconceitos quanto à diversidade, e em, consequência, mudou também postura e comportamento.
Abordando o assunto da diversidade sexual através de vídeos, documentários, reportagens e textos, pode-se contribuir para a ampliação e o aprofundamento desse debate e também para uma melhor compreensão da homofobia, seus efeitos e suas relações com outros tipos de discriminação.
Uma estratégia que pode ser utilizada para abordar a questão é fragmento de vídeos onde haja questões relativamente polêmicas. Por exemplo: violência contra mulheres, contra atividades realizadas por meninos e que são consideradas das meninas ou vice-versa. Os alunos mesmos, muitas vezes, indicam filmes com essas temáticas e sobre a homossexualidade. Isso gera um clima de debate e análise de tal modo que muitos acabam se expressando de forma madura e coerente sobre essas temáticas.
Filmes podem ser bons motivos para desencadear uma gama de discussões e percepções do que se passa na cabeça dos alunos.
Para ampliar o debate, nas semanas pedagógicas de fevereiro e julho, o grupo desenvolverá apresentação sobre as questões da Diversidade Sexual e Gênero.
Nas reuniões pedagógicas on line, haverá um tema relacionado à gênero e diversidade sexual para estudos pelos professores.
Para o cotidiano da escola, prever no Plano de Trabalho Docente os conteúdos da Diversidade Sexual e Gênero.
Organizar a presença do tema Diversidade Sexual e Gênero em texto no Projeto Político Pedagógico.

6. Avaliação

Para efetivar um processo de avaliação coerente, poderá ocorrer a implementação das temáticas e metodologias apontadas aqui, verificando a comprometimento dos alunos e, a partir das análises e conclusões das discussões, o avanço na compreensão dos processos histórico e ideológicos sobre gênero e diversidade sexual em nossa sociedade.
O professor pode verificar também a participação e o envolvimento dos alunos nos estudos dos temas através de pesquisas de videos, textos e imagens na Internet, workshop, enfim, provocando reflexões e propiciando visibilidade a diversidade Sexual e Gênero.
Também, efetivar a verificação da participação e envolvimento do estudante no estudos dos temas, por meio de instrumentos de avaliação como relatórios, textos, imagens, produção de material, elaboração de vídeos, cartazes e livros. Pode-se também analisar comentários em blog sobre o assunto.

7. Recursos

Uso das tecnologias da informação (computador com Internet) para realizar os estudos no blog, postagens e comentários.
Datashow para apresentação da proposta aos professores.
Texto impresso com os conteúdos previstos, bem como a versão digital a ser entregue no pen drive.
Caderno temático sobre Sexualidade.

8. Articulação do grupo

O grupo de professores criou um blog na Internet (www.grupodeestudoszardo.blogspot.com) no qual foram sendo postados os materiais enviados pelo Departamento da Diversidade, bem como outros textos, vídeos e imagens sugeridos pelo grupo. Tornou-se o espaço, além do correio eletrônico, no qual o grupo manteve a comunicação e a partilha de informações.
Num primeiro momento, foram estudados os textos do Caderno Temático “Sexualidade”, elaborado pelos técnicos do Departamento da Diversidade (Secretaria de Estado da Educação), no qual foi possível compreender melhor as questões de gênero e diversidade sexual.
Num segundo momento, foram vistos quatro vídeos: “Propaganda irlandesa contra a homofobia”, "Não Gosto dos Meninos", "Eu Não Quero Voltar Sozinho" e “Acorda, Raimundo, acorda”, os quais proporcionaram inúmeras discussões e reflexões acerca da temática gênero e diversidade sexual.
A propaganda irlandesa desencadeia questionamentos sobre o bullying homofóbico. É uma peça publicitária intitulado "Stand Up! - Don't Stand for Homophobic Bullying", que faz parte da campanha "Stand Up! LGBT Awareness Week!" criada pela organização Belong To que é voltada a jovens gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros entre 14 e 23 anos.
O documentário "Não Gosto dos Meninos" apresenta uma abordagem positiva e ao mesmo tempo cautelosa (no sentido de não deixar transparecer que a vida, em qualquer orientação, é um jogo fácil) dizem muito mais do que um longa diria a respeito. Este documentário explora aspectos sobre a vida de um grupo de pessoas e deixa claro que a direção que deram às suas vidas é apenas um detalhe.
Já "Eu Não Quero Voltar Sozinho" é uma história bonita e sensível envolvendo a temática gay. É um curta metragem bastante coeso. Tudo acontece de modo muito bem feito pelo diretor. A maior qualidade desse maravilhoso curta é a sutileza. O amor (independente de ser de um garoto por outro garoto) é tratado da forma mais certeira possível: puro sem parecer inocente demais e verdadeiro sem apelar para maiores invenções. Tudo é verossímil, o que deixa a sensação de que aquela história que está se desenvolvendo é universal. Este é um filme sobre descobertas: descobertas na vida, no amor, na homossexualidade, no companheirismo… E isso sim deve ser tema para investigar, analisar e sensibilizar.
Também foi analisado o vídeo “Acorda, Raimundo, acorda”, o qual apresenta a realidade cotidiana de forma invertida entre os sexos. Para os homens, essa situação é apresentada como um verdadeiro pesadelo. Um pesadelo do qual homens e mulheres devem acordar. A análise gira em torno dos papeis sexuais na sociedade.
Por fim, houve a postagem de comentários, no próprio blog. E assim, foi possível sistematizar os posicionamentos do grupo referente à temática estudada, bem como estabelecer ações para trabalhar pedagogicamente com o assunto em sala de aula.

9. Considerações Finais

Ao discutir a problemática que envolve currículo e identidades sociais, Tomaz Tadeu da Silva aponta acertadamente a questão da representação e da produção de identidades e subjetividades no contexto escolar argumentando que “não existe identidade sexual que não seja já, de alguma forma, discursiva e socialmente construída” (2002, p. 94). Portanto, a escola como instituição formadora de opinião e com o dever de formar o aluno para a cidadania, não pode continuar propagando ideias, conceitos que alimentem o preconceito e a discriminação contra o ser humano. Em pleno século XXI, não dá mais para se pensar em um ensino pautado para a prática excludente, onde reina uma visão monolítica de sociedade. Já é hora de tentar reverter essa situação de discriminação contra mulheres, negros, nordestinos, indígenas, homossexuais, bissexuais, travestis, transexuais, entre outros, a fim de que a escola possa, de fato, direcionar o ensino para a formação de cidadãos e cidadãs com plena consciência de que devemos conviver pacificamente e respeitar toda raça e cultura humana.
Através de discussões como as que ocorreram durante o estudo dessa temática ficou evidente a necessidade mais momentos de análise, reflexão e interação entre os professores para que estes desenvolvam ações levem os alunos a interagir com seus pares e formar opiniões saudáveis sobre sexualidade, gênero e diversidade sexual. É necessário mostrar aos jovens que a sua afirmação como seres sexuados, assim como rituais de passagem para a vida adulta, não devem acontecer atrelados a uma gravidez aos 12 anos ou a um aborto clandestino que podem ocasionar problemas de saúde individual e também coletiva, comprometendo a sua vida sexual futura.
É necessário estar aberto às discussões e abordagens relacionadas à sexualidade sob diferentes aspectos que não só o biológico, almejando formação específica e não apenas vontade para trabalhar com as questões de gênero e diversidade sexual na escola.

10. REFERÊNCIAS BIBLOGRÁFICAS

BRASIL. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Ministério da Educação, Ministério da Justiça, UNESCO, 2008.
BRITZMAN, D. O que é essa coisa chamada amor: identidade homossexual, educação e currículo. Revista Educação e Realidade. Porto Alegre: UFRGS, Faculdade de Educação, vol. 21, n. 1, jan./jun. 1996.
COLÉGIO ZARDO. Projeto Político Pedagógico. Curitiba, 2011.
_______. Proposta Pedagógica Curricular. Curitiba, 2011.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, 1948. Disponível em http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm. Acesso em 01 de junho de 2012.
FIGUEIRÓ, Mary Neide Damico. Educação sexual: retomando uma proposta, um desafio. Londrina: Ed. UEL, 2001.
LOURO, G. L. Currículo, gênero e sexualidade. Porto: Porto Editora, 2000.
_____. (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
MOITA LOPES, L. P. da. Identidades fragmentadas: a construção discursiva de raça, gênero e sexualidade em sala de aula. Campinas: Mercado de Letras, 2003.
SILVA, T. T. da. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. 

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