sábado, 5 de janeiro de 2013

CENTRO HISTÓRICO

O Centro Histórico de Curitiba, no Bairro São Francisco, abrange parte das edificações mais antigas de Curitiba. 
Inclui, por exemplo, a Casa Romário Martins (século 18), a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco (1737), a Casa Vermelha e construções da segunda metade do século 19.

O Largo da Ordem
O Largo da Ordem é o coração do Setor Histórico de Curitiba e onde se encontra a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas, a mais antiga de Curitiba. 
Nos séculos 18, 19 e boa parte do século 20, o Largo da Ordem era uma área de intenso comércio.
Desde 1917 o nome oficial é Largo Coronel Enéas, em homenagem ao coronel Benedito Enéas de Paula. 
No século 18 chamava-se Páteo de Nossa Senhora do Terço. 
Posteriormente, passou a se chamar Páteo de São Francisco das Chagas. 
Hoje, apesar de seu nome oficial, todos conhecem como o Largo da Ordem.










Mesquita Imam Ali Ibn Abi Tálib

A Mesquita Imam Ali Ibn Abi Tálib, templo religioso da comunidade muçulmana de Curitiba, foi inaugurada em 1972. Erguida no característico estilo arquitetônico islâmico, possui uma cúpula central, ladeada por duas torres - denominadas “minaretes” (do árabe “manar”, ou “torre”).
Totalmente forrada por legítimos tapetes persas, sua construção foi orientada em direção à cidade sagrada de Meca, conforme determinam as prescrições religiosas. Na parte inferior, conta com escritórios, biblioteca e anfiteatro. Na parte de trás, possui belo jardim. No interior do amplo recinto frontal da Mesquita, a comunidade muçulmana da capital paranaense realiza seus cultos, especialmente as Orações de Sexta-Feira ao meio-dia, que, obrigatoriamente, devem ser feitas de maneira coletiva.
Ao dar à Mesquita de Curitiba o nome de “Imam Ali ibn Abi Tálib”, a comunidade muçulmana da cidade quis homenagear uma das mais importantes personalidades da história islâmica. O Imam (Guia Espiritual) Ali ibn (filho de) Abi Tálib era primo e genro do Profeta Muhammad (Maomé).






Igreja da Ordem

A Igreja da Ordem foi construída em 1737 e é a mais antiga de Curitiba. Originalmente, era a Igreja de Nossa Senhora do Terço. O nome atual foi dado com a chegada a Ordem de São Francisco em Curitiba, em 1746.
Abrigou um convento franciscano de 1752 a 1783 e, no século 19, foi a paróquia dos imigrantes poloneses. Por volta de 1834, uma parte da igreja desmoronou e só foi completamente restaurada em 1880, com a visita do imperador D. Pedro II.
A torre da igreja e a instalação dos sinos foram concluídas em 1883. Nessa época, a igreja era frequentada, principalmente, por imigrantes alemães.
Tombada desde 1965, a Igreja da Ordem sofreu nova restauração de 1978 a 1980 e, em 1981, passou a abrigar o Museu de Arte Sacra.






Bebedouro do Largo da Ordem

Os tropeiros e fazendeiros da região de Curitiba costumavam dar de beber a seus cavalos e mulas no bebedouro, ainda hoje existente, no centro do Largo da Ordem.
O bebedouro data de meados do século 18. É construído em pedra, com uma bacia de ferro.



Casa Hoffmann
Administrada pela Fundação Cultural de Curitiba, a Casa Hoffmann é a sede do Centro de Estudos do Movimento, que se destina ao estudo e à exploração de novas estéticas do movimento, sendo um local de referência para artistas e outros profissionais com atuação nas áreas de dança, teatro, artes plásticas e educação.
Construída em 1890, a Casa Hoffmann serviu de residência e comércio para a família de imigrantes austríacos do ramo da tecelagem. 
Com arquitetura eclética, a Casa funcionou até 1974 como o comércio de tecidos e armarinhos.
Depois, o imóvel foi alugado para o Colégio Dezenove de Dezembro, que funcionou ali até 1996. 
Antes disso, em 1993, a Casa Hoffmann foi desapropriada pela Prefeitura de Curitiba para a sua preservação como unidade histórica.
Logo após a saída do Colégio, o imóvel sofreu um incêndio que poupou apenas a fachada e as paredes externas. 
A Prefeitura recuperou a edificação. Os trabalhos de restauro encerraram em 2002 e a Casa foi reinaugurada em março de 2003.




Feira de Arte e Artesanato (Feirinha do Largo)
O Setor Histórico de Curitiba é o palco da tradicional e animada Feira de Arte e Artesanato. 
Acontece todos os domingos desde quando foi criada, em 1973.
A Feirinha teve sua origem na Antiga Feira Hippye da Praça Zacarias, que lá funcionava até 1972, sobre panos esticados na calçada, quando então Leila Azevedo e Julieta Maria Braga Côrtes Fialho dos Reis, então funcionárias da Fundação Cultural de Curitiba, a transferiram para o Praça Garibaldi, com significativa ampliação e setorização de produtos.
Com o falecimento de Leila Azevedo, Julieta Reis, formada na Escola de Belas Artes do Paraná, coordenou durante mais de 20 anos a administração da Feira, até tornar-se Vereadora Municipal, lançada e apoiada pelos próprios Feirantes e Ambulantes que visavam defender os interesses da classe.
Inicialmente a Feira era coordenada pela Fundação Cultural de Curitiba, depois pela Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo, tendo passado um período não muito aceito pelos Feirantes, pela FAS - Fundação de Assistencia Social de Curitiba.
Hoje é coordenada pela Secretaria de Turismo e seus Feirantes devidamente cadastrados. São organizados em duas Associações de Classe e participam das decisões sobre a sua administração. É tida como uma das maiores e melhores Feiras de Artesanato do país.







Memorial de Curitiba

O Memorial de Curitiba é um espaço moderno, concebido para abrigar atividades culturais múltiplas, incluindo exposições e apresentações cênicas e musicais, e preservar e expor a história da cidade. O espaço também é utilizado para seminários, palestras, oficinas, congressos, lançamentos de livros, entre outras atividades. Suas instalações compreendem salas de exposições (Salão Paranaguá, Salão Paraná e Salão Brasil), um auditório de 144 lugares (Teatro Londrina), o Mirante do Marumbi e uma praça interna para grandes eventos (Praça do Iguaçu).
Idealizado nos 300 anos de Curitiba, o Memorial foi projetado em linhas modernas, vigas metálicas, cobertura e laterais de vidro transparente, em contraste com as centenárias construções do setor histórico. Inaugurado em 1996, o edifício, que tem projeto arquitetônico inspirado no pinheiro paranaense, transformou-se num destacado centro cultural da cidade.
Abriga obras importantes como os altares rétabulos da Matriz de Curitiba, talhados em madeira policromada do século 18, nos quais o Papa João Paulo II celebrou missa quando esteve em Curitiba, além de duas volutas e dois sacrários. Esse espaço, denominado Capela dos Fundadores, recebeu pinturas do artista plástico Sergio Ferro, onde se percebem imagens expressivas da história curitibana, desde a presença de portugueses, índios, mamelucos, tropeiros e imigrantes europeus. O artista assina também o painel da Praça do Iguaçu, que remete ao descobrimento do Brasil.
O Piso da Praça é revestido em paralelepípedos reciclados das ruas Vicente Machado e Saldanha Marinho. Neste espaço, estão expostas em caráter permanente obras como a “Tocadora de Guitarra”, de autoria do escultor Victor Brecheret; “Leonardo Da Vinci”, escultura em concreto de Poty Lazzarotto; “O Filósofo”, escultura em bronze de Zaco Paraná; o “Cavalo Marinho” e “O Sonho”, do escultor Ricardo Todd, além das “Quatro estações” – esculturas em bronze de João Turin, encomendadas pelo então governador Moisés Lupion para ornar um chafariz em sua residência, que foram doadas ao município. Outro escultor, o catarinense Elvo Benito Damo, residente em Curitiba, é o criador do “Rio dos Pinhões”, com 15 metros de comprimento, composto de 4.500 unidades (entre pinhões e pinhas) moldadas em argila.




Fonte da Memória

A “Fonte da Memória” é o nome oficial da obra criada pelo escultor Ricardo Tod.
Tem como vizinhos ilustres a Igreja do Rosário, a Sociedade Garibaldi, o Relógio das Flores, o Palacete Wolf, o Solar do Rosário e a Igreja Presbiteriana Independente. 
Fonte homenageando antigos feirantes que deixavam seus cavalos no local
A estátua tem a forma da cabeça de um cavalo soltando água pela boca.
Desde 1995, quando o bronze foi instalado, como que por encanto virou ponto de referência, deixando os marcos históricos na arquibancada. 
Um lugar fica antes ou depois, perto ou longe, para cima ou para baixo do “Cavalo Babão”. 
Os dentes à mostra, a boca aberta e olhar de fúria são tão familiares que não raro alguém esbraveja um curto e grosso “não me olhe com essa cara de cavalo babão.”
 



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