quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

POEMAS: CURITIBA

Saudosa e fria
Curitiba grita e cala
- poeta não fala
Rogério Viana

frio em Curitiba
um jato na direção sul
oito garças ao norte
Rogério Viana

Ah, Curitiba, que outro lugar no mundo há de ser igual a ti???
Curitiba que Dalton tanto viajou,
Curitiba que é "apenas um assobio com dois dedos na língua".
Curitiba pobre de surpresas e cheia de memórias.
Curitiba da saudade, do silêncio sepucral,
Curitiba meio morte, Curitiba meio vida,
Curitiba diabólica, tosca, bela, viciante e maternal.
Fabiana Pimentel


Sou como o clima de Curitiba. As quatro estações do ano no mesmo dia ou em uma única manha.
A alegria de viver vem como torrente, mas a insegurança e a tristeza vêm logo atrás para compilar o sentimento de liberdade altruísta.
Adriana Patricia da Costa


Um sábado pacato......de um dezembro deserto, típico de Curitiba.

Um ar gelado, em pleno verão acanhado, regado com o sol que reluz nos ventos encanados por entre prédios e rostos fechados, sob as calçadas varridas.

É como se de repente os anos voltassem, e as fotos tomassem conta da cidade, sem as vaidades dos ilustres desconhecidos nas calçadas, onde as árvores e flores se misturam aos monumentos.

Mesmo em dias de verão, o frio prevalece sob o som triste que repousa discretamente no silêncio da morosidade da pressa, enquanto o nervosismo dos passos suados surpreende-se com os calafrios das sombras estacadas nos cantos vazios.

Os desesperos solitários dos transeuntes que perambulam nas praças, com suas feições amarradas entre fachadas de caras geladas, esbarram em sorrisos disfarçados, quase forçados e mal concentrados, em um sábado pacato, de um dezembro deserto, típico de Curitiba.
Robinson Klaesius


 FONTE
http://pensador.uol.com.br/curitiba/

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