quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

REDESCOBRINDO A CIDADE DE CURITIBA: Orientações aos professores sobre o Plano de Atividades Didáticas

Alexandro Muhlstedt
Introdução

O material que ora se apresenta é resultado de atividade desenvolvida no curso de extensão oferecido pela Universidade Federal do Paraná: “A Escola e a Cidade – Políticas Públicas de Educação”. Realizado entre os meses de outubro a dezembro de 2012 o curso faz parte de Programa do Ministério da Educação e fomenta as discussões sobre a Política de Educação Integral. A UFPR propõe a discussão em torno da reorganização curricular da escola, não em uma “educação grande com tiro para todos os lados” (Professora Yvelise Arco Verde).
No Caderno de Referência da Educação Integral, editado em 2009 pelo MEC, podemos ler o seguinte:

As experiências recentes indicam o papel central que a escola deve ter no projeto de Educação Integral, mas também apontam a necessidade de articular outras políticas públicas que contribuam para a diversidade de vivências que tornam a Educação Integral uma experiência inovadora e sustentável ao longo do tempo. Com essas premissas, foi instituído o Programa Mais Educação no âmbito do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). (…) A Educação Integral exige mais do que compromissos: impõe também e principalmente projeto pedagógico, formação de seus agentes, infraestrutura e meios para sua implantação. Ela será o resultado dessas condições de partida e daquilo que for criado e construído em cada escola, em cada rede de ensino, com a participação dos educadores, educandos e das comunidades que podem e devem contribuir para ampliar os tempos e os espaços de formação de nossas crianças, adolescentes e jovens na perspectiva de que o acesso à educação pública seja complementado pelos processos de permanência e aprendizagem (Educação integral: texto referência para o debate nacional. - Brasília : Mec, Secad, 2009).

Assim, este material apresenta sugestões para trabalhar conteúdos referentes à cidade de Curitiba, objetivando a exploração e a redescoberta da cidade.

1. Metodologia

A metodologia sugerida para este trabalho é o Estudo do Meio. Esta metodologia pode ser compreendida “como um método de ensino interdisciplinar que visa proporcionar para alunos e professores contato direto com uma determinada realidade, um meio qualquer, no caso meio urbano, que se decida estudar. Esta atividade pedagógica se concretiza pela imersão orientada na complexidade de um determinado espaço geográfico, do estabelecimento de um diálogo inteligente com o mundo, com o intuito de verificar e de produzir novos conhecimentos.” (LOPES, Claudivan S.; PONTUSCHKA, Nídia N., 2009).
A seleção do lugar a ser visitado, bem como a formulação das principais questões a serem respondidas na pesquisa de campo, todas as etapas de sua realização, o planejamento, a execução e a avaliação, são orientadas, por um lado, pela “dialogicidade” e, por outro, pelo despertar da “curiosidade epistemológica” de todos os membros da comunidade escolar (FREIRE, 2000). Ou seja, todas as etapas e respectivas ações que o estruturam são realizadas na busca de acordos e contratos pedagógicos possíveis que, sem negar os conflitos consubstanciais a qualquer relação social, têm, como ponto de partida e chegada, a realidade vivida pelas pessoas envolvidas na construção de um projeto educativo em uma determinada unidade escolar.

A realização dos Estudos do Meio pode tornar mais significativo o processo ensino-aprendizagem e proporcionar aos seus atores o desenvolvimento de um olhar crítico e investigativo sobre a aparente naturalidade do viver social. Trata-se de verificar a pertinência e a relevância dos diversos conhecimentos selecionados para serem ensinados no currículo escolar e, ao mesmo tempo, lançar-se à possibilidade da produção de novos conhecimentos, a elaboração contínua do currículo escolar (LOPES, Claudivan S.; PONTUSCHKA, Nídia N., 2009).

Além do Estudo do Meio, outras metodologias são sugeridas, no intuito de tornar o espaço da cidade um espaço de aprendizagem, levantamento de dados, organização de hipóteses e definição de estratégias.
Espera-se que os conteúdos definidos na Proposta Pedagógica da escola possam ser contemplados no conjunto dessas atividades e assim, haver uma ferramenta a mais para utilização deste material por alunos e professores.

2. Caracterização da Escola

A escola escolhida para implementação dessa proposta é o Colégio Estadual Cecília Meireles, Ensino Fundamental e Médio localizado à Rua Pedro Eloy de Souza nº 1.700, no Bairro Tarumã.
O Colégio é mantido pelo Governo do Estado do Paraná e administrado pela Secretaria de Estado da Educação, nos termos da legislação vigente. Atende a Educação Básica nas etapas dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental, Ensino Médio por Blocos de Disciplina Semestrais e EJA.
De acordo com o descrito no Projeto Político-Pedagógica dessa escola,
[…] os alunos que frequentam são oriundos de famílias de poder sócio-econômico de classe média e classes populares, com sérios problemas familiares. Muitos alunos vivem em precárias condições de moradias, saúde, alimentação e, por essas questões, são envolvidas em programas sociais do governo estadual e federal. Existem problemas de moradia, vez que muitas famílias vivem em áreas de invasões, criando situações de conflitos onde muitas vezes são despejados. Há um alto índice de desemprego nas famílias dos alunos, sendo que muitos pais enviam seus filhos à escola apenas para cumprir o que diz a lei, não acompanhando, de fato, a vida escolar dos mesmos. Em consequência, muitos alunos reprovam ou se evadem da escola (PPP 2011).

Devido a um número significativo de alunos com defasagem de aprendizagem, a escola vem desenvolvendo ações de intervenções pedagógicas, de apoio pedagógico e sala de recurso com o apoio incondicional da Secretaria de Estado da Educação, e com encaminhamento metodológico inovador, que possibilitam a progressão do aluno, possibilitando seu acompanhamento dos conteúdos ministrados pelos professores em sala de aula. A escola é escolhida pelos pais por ser mais próxima de suas residências e na sua maioria demonstram-se satisfeitos com o trabalho da escola.
De modo geral, a escola tem sido uma fonte alternativa de atividade de lazer e cultura proporcionados nos eventos da semanal cultural, jogos e festas em datas comemorativas, promovidas em suas dependências.
No Colégio Estadual Cecília Meireles, além de se trabalhar as áreas do conhecimento pertencentes ao currículo escolar buscamos contemplar assuntos que privilegiem e desenvolvam novos conceitos. Sendo assim, temos o preventivo sobre a drogadição que é realizado desde Ensino Fundamental; anos iniciais e finais e no Ensino Médio., buscando conscientizar os alunos do malefício físico, emocional e social causado pelas substâncias tóxicas.
O laboratório de informática é formado com 44 computadores aproximadamente, com conexão à Internet.
A proposta de Educação Integral na escola está organizada no seguinte regime de funcionamento:

Manhã - 8h às 11:h55
Tarde - 13h10 às 17h35
Café da manhã 08:00 às 08:20
Recreio 10:00 às 10:15
Almoço 11:55 às 13:10
Entrada 13:10
Lanche 15:40 às 15:55
Saída às 17:35
Tabela1: Horários da Educação Integral

Na elaboração do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Cecília Meireles, adotar-se-á a construção do conhecimento buscando; instrumentalizar a aprendizagem, instigando o interesse em apreender, compreender, representar e interpretar o conhecimento sistematizado adquirido no processo ensino-aprendizagem. As redes de construções do conhecimento são constituídas pelo sujeito, na sua relação com os outros e com o mundo, isto significa que os saberes que o professor apresentar precisa ser trabalhados, refletido, reelaborado pelo aluno para a construção do conhecimento, sendo o professor o mediador na construção do conhecimento científico.
Na concepção de trabalho com educação integral, os conteúdos visam a construção de concepções claras das ciências, da educação e da proposta da escola, com o objetivo de dar qualidade na Educação Integral, do processo e dos profissionais da escola.
O encaminhamento metodológico tem como principal objetivo a elaboração da concepção de trabalho sobre a qual se constrói estratégias metodológicas intencionalmente dirigidas á formação dos alunos para a autonomia do ser, pensar, agir e transformar para melhor a sociedade.
A Avaliação deseja a viabilização de uma concepção diagnóstica, qualitativa, formativa, quantitativa, privilegiando um processo cumulativo, diversificado e contínuo.

3. Público Alvo: Educandos

Turma de 30 alunos de 6º Ano do Colégio Estadual Cecília Meireles.

4. Proposta: Plano Didático

Este material compõem-se de um conjunto de atividades para trabalhar o assunto cidade de Curitiba. São sugestões de planos de trabalho docente de modo interdisciplinar. Cada Plano organiza-se em atividade preparatória, prática exploratória e produção avaliativa.
A atividade preparatória é um conjunto de estudos a serem feitos em sala de aula ou laboratório de Informática a fim de conhecer o tema a ser estudado. Compõem-se de pesquisa, leitura, anotações e elaboração de roteiros.
A prática exploratória é a vivência pelo grupo das pesquisas realizadas na atividade preparatória. É formada por entrevistas, passeios, visitas e apresentações.
Por fim, a produção avaliativa é a elaboração de textos, desenhos, cartazes, murais, painéis, vídeos, fotos que sintetizam os conhecimentos elaborados sobre o tema.
Para isso, haverá na sala de aula um painel chamado “Linha do Tempo: Redescobrindo a Cidade”, no qual constarão as produções elaboradas pelos alunos. À medida que as atividades forem acontecendo o painel vai sendo preenchido. Este material será a Linha do Tempo da proposta e servirá de registro dos conteúdos já trabalhados.

5. Linha do Tempo

A Linha do Tempo servirá para o registro dos fatos importantes e será o documento visual das atividades empreendidas pelo grupo. Nela também constarão as dúvidas e as curiosidades do grupo, bem como fotografias, recortes, panfletos. O ponto de partida do estudo será a escola e o bairro, analisando mapas, ruas e história. Em seguida, o estudo sobre alguns aspectos da cidade de Curitiba e por fim, Lugares de Curitiba – Pontos Turísticos: Museus, Parques, Praças, Monumentos, Igrejas e Templos.

6. Contrato Didático

No primeiro momento com os estudantes, propõe-se a elaboração de um contrato didático. Segundo Brousseau, o contrato didático é um conjunto recíproco de comportamentos esperados entre alunos e professor, sendo mediados pelo saber. Com isso, ele pode ser entendido como um instrumento que auxilia na análise das relações professor, aluno e saber. A construção do contrato pode ser feita através de um debate ou uma dinâmica, em que os alunos exporão as regras que acham importantes para o bom funcionamento das aulas. Estas ideias deverão ser mediadas pelo professor, para que não se perca o foco do que deve ser discutido e para que seja dada a chance de todos falarem. Para isso, o professor solicita aos alunos que escrevam quais são os direitos das crianças e adolescentes, e quais são os diretos do aluno. Depois, para cada direito, estabelecer quais são, os deveres. Registrar isso em cartaz, e constar na Linha do Tempo.

7. Cidades Educadoras

Estudar a cidade é uma iniciativa para, segundo Moll, “redesenhar contornos institucionais da escola, rompendo com a rigidez organizativa de tempos, espaços, campos de conhecimento e com o isolamento que a tem caracterizado desde sua gênese.” As atividades aqui propostas, imersas nessa concepção, tem como foco principal “transformar as formas de ser e de atuar da instituição escolar, convertendo a escola em “comunidades de aprendizagem”, ou movimentos que tentam conectar a escola às redes sociais e aos itinerários educativos que estão no seu entorno no espaço urbano da construção da “cidade educadora”.
Se as cidades são hoje consideradas baluartes da liberdade, da participação cidadã, da aceitação das diferenças, de lugares de prazer e de descompressão, transformaram-se também em símbolos de insegurança, do desconhecimento, da desconfiança e do anonimato.

Que é que define e caracteriza a cidade? O historiador, o sociólogo, o político, o geógrafo darão certamente definições diferentes. O historiador, que encontra a palavra em fontes medievais quando se organiza a vida urbana e se definem os direitos dos seus habitantes, olhará a cidade à maneira da polis e da civitas, orientando uma definição para os direitos, a administração e a política. O sociólogo pensará no número mínimo de habitantes, atenderá à qualidade dos edifícios, às profissões diversificadas. O geógrafo atenderá à implantação do povoamento, aos recursos do solo e do subsolo, à função de centro em relação a localidades próximas e ao campo, etc. (TAVARES, 1993, p. 13).

As cidades vivem hoje momentos particulares e de uma importância acrescida, uma vez que terão que definir o seu modelo de desenvolvimento e crescimento com vista ao seu futuro e ao seu posicionamento perante cada uma das outras, tentando desenhar e construir o seu próprio caminho, o seu destino futuro, confrontados, por um lado, com os novas matizes que as caracterizam (a idade, a imigração, as etnias...) e, por outro lado, com os sinais da modernidade, apelativos e mais atractivos (incentivos culturais, comerciais e de bem-estar).

Hoje mais do que nunca, a cidade grande ou pequena dispõe de incontáveis possibilidades educadoras. De uma forma ou de outra, contém em si mesma elementos importantes para uma formação integral de seus habitantes. Por isso o conceito de cidade educadora é uma nova dimensão complementar e, até certo ponto, alternativa ao carácter formalizado centralista e frequentemente pouco flexível dos sistemas educativos. (CABEZUDO, 2004, p. 11).

Sobre a escola e a cidade, Jaqueline Moll, provoca:

É preciso perguntar-se se a escola está inscrita simbolicamente como espaço de acolhida e de pertencimento na vida da comunidade, constituindo-se como um agente legítimo para desencadear esse diálogo. É preciso perguntar-se também em que medida a escola ainda desempenha – e deve desempenhar – a função de socializar os saberes, as experiências, as cosmovisões, os modos de vida produzidos pela humanidade ao longo de sua história, função que a diferencia de outras instituições sociais. Tais indagações podem introduzir-nos em itinerários de reinvenção da escola e de construção tanto da comunidade de aprendizagem quanto da cidade educadora como espaços nos quais o diálogo, a participação e a cooperação do conjunto de atores sociais sejam características permanentes. Recolocar a escola na cena urbana, tirá-la de um certo lugar de invisibilidade, construir condições para que as novas (e também velhas) gerações (re)aprendam a cidade, na cidade e da cidade e (re)aprendam a conviver colocam-se como possibilidades histórica de nos reinventarmos como sociedade. Ressignificar a escola, colocando-a em rede com a comunidade e a cidade, não significa despi-la de uma tarefa que é eminentemente sua em relação às novas gerações.”

Por fim, além do conhecimento da cidade de Curitiba, objetiva-se que o grupo de alunos perceba melhor sua cidade, questionando e indagando as condições e as possibilidades que ela possui.

8. Ferramenta Blog

Para arquivo de informações sobre a cidade de Curitiba e o bairro Tarumã foi criado um blog na rede mundial (Internet). O blog criado é o www.materialparaaescola.blogspot.com.
Este blog está hospedado numa plataforma do Google, chamada Blogger. Blogger é uma palavra criada pela Pyra Labs e é um serviço do Google que oferece ferramentas para edição e gerenciamento de blogs.
O Blogger permite a hospedagem de um número ilimitado de blogs nos servidores do Google, que adotam o endereço .blogspot.com.
Os blogs vão progressivamente se transformando em um útil e versátil instrumento de rápida difusão de informações na Web. Blog é a denominação atual para aquilo que foi chamado de weblog, um termo que teria sido cunhado em 1997. Weblog veio de web + log. Log representa um registro; web diz respeito à teia que é a Internet. Em síntese, seria uma forma de fazer registro na Internet. O blog integra a categoria do que é chamado software social.
Para Richardson (2006), são vários os aspectos pelos quais os blogs se constituem num elemento de utilização interessante para a escola. Dentre os motivos que esse autor aponta, destaca-se: [1] trata-se de uma ferramenta construtivista de aprendizagem; [2] tem uma audiência potencial para o blog, que ultrapassa os limites da escola, permitindo que aquilo que os alunos produzem de relevante vá muito além da sala de aula; [3] são arquivos da aprendizagem que alunos e até professores construíram; [4] é uma ferramenta democrática que suporta vários estilos de escrita e [5] podem favorecer o desenvolvimento da competência em determinados tópicos quando os alunos focam leitura e escrita num tema.
Para o acesso ao blog o procedimento é muito simples. Basta digitar na URL o endereço www.materialparaaescola.blogspot.com e fazer as consultas. Ao lado direito da tela estão os títulos das postagens e para ler e pesquisar basta clicar nesse título.
A aplicabilidade de blog no ensino como ferramenta didática é bastante pertinente uma vez que no mundo da tecnologia inventam-se tantas novidades que realmente é difícil ao professor acompanhar todas as possibilidades de trabalho que elas abrem.
Assim, utilizando o blog, o professor tem um enorme espaço para explorar uma nova maneira de comunicar-se com seus alunos, permitindo a troca de experiências, pesquisas e construção de conhecimento.

9. Plano de Atividades Didáticas: Redescobrindo a Cidade de Curitiba

Objetivos
Auxiliar o professor a desenvolver conteúdos explorando a cidade de Curitiba.
Fomentar o conhecimento da história de Curitiba, bem como seus pontos turísticos, tendo como ponto de partida conhecimentos sobre a escola e o bairro.
Utilizar estratégias como Painel Linha do Tempo, Contrato Didático, Estudo do Meio, Entrevistas, Visitas Orientadas e Registros como meio de desenvolver o estudo do tema.
Aplicar as atividades em escola de tempo integral.
Organização
Caderno de Orientação ao Professor.
Caderno do Aluno.
As atividades estão organizadas em 05 Blocos: Atividades Iniciais, Escola e Bairro, Ruas do Bairro, Cidade de Curitiba e Pontos Turísticos de Curitiba.
Localização


Colégio Estadual Cecília Meireles, Ensino Fundamental e Médio.
Endereço: Rua Pedro Eloy de Souza, 1700, Tarumã.
Diretor: João Alberto de Souza
Telefone: (41) 3367-5262
Tabela2: Objetivos, Organização e Localização do Plano de Atividades Didáticas

9.1. Atividades Iniciais

9.1.1. Painel Linha do Tempo
  • Constar na sala de aula um grande painel na extensão da parede (papel bonina, por exemplo) no qual consta o título: “Linha do Tempo – Redescobrindo a Cidade de Curitiba”.
  • Explorar com os alunos, em Artes, a questão do tempo e as representações deste na História da Arte. Explicar o que é uma Linha do Tempo e para que serve o painel na parede da sala.
  • Objetivos: Ler e discutir o texto sobre a organização do tempo. Estabelecer estratégia de Memória das atividades desenvolvidas. Organizar as atividades previstas.

9.1.2. Contrato Didático
  • Propor aos alunos a discussão sobre Cidadania.
  • Construir coletivamente o Contrato Didático, discutindo a importância das regras, das normas e das leis.
  • Em duplas, os alunos escrevem os direitos das crianças e adolescentes. Depois, os direitos dos alunos. Concluída a atividade, transcrever num cartaz, explanando sobre o princípio de direitos e deveres de todo cidadão.
  • Estabelecer as regras que todos devem cumprir em sala de aula e na escola.
  • Promover a interação entre os alunos por meio de atividades em grupo, nas quais tenham de decidir o melhor modo de fazer: o cartaz, por exemplo.
  • Manter visível os combinados com a turma é ótima estratégia para estabelecer o ritmo na relação professor e aluno. Lembrar sempre e fazer cumprir os acordos.
  • Objetivos: Ler texto sobre regras e leis. Apresentar o Estatuto da Criança e do Adolescente. Realizar os relatórios das discussões. Analisar o conteúdo de um contrato. Escrever direitos e deveres de crianças, adolescentes e alunos. Fazer cartazes utilizando como conteúdo as regras estabelecidas (contrato didático). Compreender conceito de Criança, Adolescente e Aluno.

9.2. Escola e Bairro

  • Aplicar leitura e exploração de texto sobre a história da Escola. Propor aos alunos construírem perguntas sobre o texto, sendo que as questões serão trocadas entre eles para serem respondias.
  • A pesquisa sobre Cecília Meireles no Laboratório de Informática é pretexto para compreender a importância do nome da escola. Sendo que, ao entrevistarem o diretor, pretende-se que os alunos valorizem mais o ambiente da escola e mantenham diálogo com o diretor.
  • Ir com os alunos ao Laboratório de Informática e pesquisar sobre a história do Bairro Tarumã. Confira antes o funcionamento dos equipamentos. Marque o horário. Indique, na sala de aula, os sites a serem pesquisados. Sugestão: www.materialparaaescola.blogspot.com
  • Cada aluno deve fazer anotações em seu caderno sobre o que encontrar.
  • Após pesquisa, fazer ilustração contando a história do bairro. Cada aluno poderá fazer um desenho de uma parte da história.
  • No jogo, explorar as questões de vocabulário.
  • Objetivos: Conhecer o Laboratório de Informática, aprendendo ferramentas de pesquisa. Pesquisar informações, na rede mundial, sobre o Bairro Tarumã e nome da Escola. Identificar informações no mapa do bairro. Elaborar desenhos e representações sobre informações pesquisadas. Desenvolver vocabulário ao elaborar perguntas e respostas sobre temas pesquisados. Desenvolver oralidade ao conversar com o diretor por meio de entrevista. Observar e analisar o mapa do bairro, localizando informações. Escrever frases a partir de informações obtidas por meio de pesquisa, entrevista e leitura. Valorizar a escola como espaço de aprendizagem e convivência,

9.3. Ruas do Bairro

  • Discutir com os alunos os conceitos de Bairro e Rua, comentando sobre o bairro Tarumã e suas ruas.
  • Selecionar as ruas onde os alunos residem, ou as principais ruas do Bairro e efetuar a pesquisa sobre a personalidade que deu seu nome à rua. Pesquisar imagens na internet. Solicitar que os alunos fotografem a rua.
  • Ao pesquisar a rua, que os alunos entrevistem moradores sobre os principais problemas de sua rua. Ao entrevistar os moradores e comerciantes, incentivar os alunos a descobrirem o que os moradores pensam sobre o bairro.
  • Orientar os alunos em como proceder ao fotografar e entrevistar os comerciantes e mroadores.
  • Se houver casas comerciais, que recolham panfletos ou fotografem cartazes de preços dos produtos.
  • Com as entrevistas em mãos, constar no painel da Linha do Tempo, em papeletas, os principais problemas recolhidos pelos alunos. Discutir as questões. Escrever o relatório da discussão.
  • Com os panfletos em mãos, realizar cálculos com os valores apresentados.
  • Pesquisar na internet o mapa do Bairro Tarumã e efetuar a localização dos principais pontos: igreja, parque, escolas, mercado.
  • Analisar o mapa do bairro e fazer o levantamento dos dados históricos.
  • Orientar a construção de maquete do bairro. Organize uma placa grande papelão ou madeira para servir de base. Divida o bairro em várias áreas para que os alunos façam as miniaturas das construções, Não há necessidade de estabelecer escalas. A questão é que os alunos compreendam e analisem os ambientes do bairro onde sua escola se localiza.
  • Objetivos: Pesquisar na Internet ou outras fontes sobre as personalidades que deram origem ao no das principais ruas do bairro Tarumã. Fotografar as ruas. Pesquisar com os moradores os principais problemas que ele percebem nas ruas onde residem. Discutir os problemas levantados, constando-os no Painel. Elaborar maquete sobre o bairro, analisando o entorno da escola. Desenvolver oralidade por meio do jogo de rimas. Compreender como se deu a constituição do bairro, bem como as questões contemporâneas. Realizar composição da memória da atividades.
9.4. Cidade de Curitiba

  • Apresentar o material que se refere a Curitiba. Ler com os alunos a história pesquisando em livros e Internet.
  • Analisar os componentes referentes à cidade, conhecendo-a melhor.
  • Ir ao Laboratório de Informática e pesquisar no site youtube.com vídeos sobre Curitiba, como por exemplo “Curitiba: a Cidade da Gente”, explorando o discurso do narrador e as imagens. Propor que os alunos façam a análise do vídeo, elencando suas percepções.
  • Ler a História de Curitiba e os poemas sobre a cidade no blog: www.materialparaaescola.blogspot.com. Incentivar os alunos a produzirem seus poemas.
  • Fazer história em quadrinhos sobre os principais eventos da história de Curitiba.
  • Analisar os poemas apresentados. Solicitar que escrevam poemas que apresentem o bairro Tarumã e a cidade de Curitiba.
  • Compreender as questões sobre linguagem, explorando os vídeos sobre o jeito curitibano de falar. Explorar as questões de vocabulário.
  • Analisar os cartoons de Cesar Lobo. Observe e memorize o máximo de objetos e coisas. Sem olhar para a figura, escrever 20 coisas ou objetos. Traduzir os nomes para o Inglês. Inventar uma história sobre a imagem visualizada.
  • Fazer um acróstico com a palavra CURITIBA.
  • Explorar as questões de símbolos oficiais, ouvindo o Hino e conhecendo Brasão e Bandeira.
  • Objetivos: Ler, conhecer e ilustrar a história de Curitiba, consultando blog e outros materiais. Interpretar e escrever poemas sobre Curitiba e o bairro Tarumã, articulando o vocabulário e as expressões próprias do curitibano. Identificar ilustrações de Cesar Lobo, imaginando e escrevendo situações para as imagens. Escrever acróstico sobre Curitiba. Conhecer os símbolos de Curitiba: Hino, Bandeira e Brasão. Elaborar apresentação utilizando a linguagem publicitária.

9.5. Pontos Turísticos de Curitiba

  • Analisar o mapa do roteiro da linha turismo de Curitiba, solicitando aos alunos quais desses pontos conhecem e quando o conhceram.
  • Conhecer o que é a linha turismo e acrescentar questões sobre transporte coletivo em Curitiba.
  • Distribuir, entre os grupos, os pontos turísticos a serem epsquisados.
  • Fazer trabalho em grupo, fomentando a pesquisa na Internet sobre os pontos turísticos de Curitiba. Observar as fotos e ler as informações no blog www.materialparaaescola.blogspot.com
  • Cada aluno deverá fazer um cartaz sobre um dos pontos turísticos, apresentando o trabalho para a turma. Cada ponto turístico deve estar num cartaz (cartolina).
  • Fazer um trabalho de preparação, marcando junto à URBS (Urbanização de Curitiba S/A) o passeio pela Linha Turismo aos pontos turísticos de Curitiba. O contato pode ser feito pelo telefone 3320 3232.
  • Fotografar e registrar a atividade.
  • Após realizado o passeio, orientar, em sala de aula, o relatório da atividade.
  • Revelar as fotos e constar no painel Linha do Tempo.
  • Para realizar um adequado estudo do meio é bom lembrar que: o tema está de acordo com a proposta curricular da escola, os objetivos estão claramente definidos, os lugares a serem observados já estão pesquisados pelos alunos, durante o passeio os alunos devem perceber os detalhes dos locais e após o retorno para a escola a avaliação deve ser realizada com cuidado.
  • Objetivos: Pesquisar os pontos turísticos de Curitiba, reconhecendo o referencial histórico e identificando a importância cultural e turística dos mesmos. Trabalhar em grupo, elaborando cartaz por meio de informações coletadas nas pesquisas. Realizar apresentação oral sobre as pesquisas realizadas. Fomentar o desenvolvimento da oralidade, expressão e desinibição. Realizar estudo do meio, fazendo passeio pelos lugares turísticos de Curitiba na Linha Turismo. Identificar os pontos turísticos, percebendo a relevância social e cultural. Fotografar e efetuar registros escritos sobre os pontos turísticos de Curitiba. Publicar na Internet fotos e textos sobre o passeio realizado. Avaliar a atividade por meio do Jogo Concordo / Discordo e elaboração do relatório das opiniões.

10. Referências Bibliográficas

BITTENCOURT, C. M. F. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2005.b
BRASIL. Educação integral: texto referência para o debate nacional. - Brasília : Mec, Secad, 2009. (Série Mais Educação)
BROUSSEAU, G. A Teoria das Situações Didáticas e a Formação do Professor. Palestra. São Paulo: PUC, 2006.
CABEZUDO, A. Cidade educadora: uma proposta para os governos locais, in: Cidade educadora, princípios e experiências, pp. 11-14. São Paulo: Instituto Paulo Freire, Cortez Editora, 2004.
COLÉGIO CECÍLIA MEIRELERES. Proposta Pedagógica Curricular. Curitiba, 2011.
__________ . Projeto Político-Pedagógico. Curitiba, 2011.
LOPES, C. S.; PONTUSCHKA, N. N. Estudo do meio: teoria e prática. In Geografia (Londrina) v. 18, n. 2, 2009 http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/geografia/
MOLL, J. Histórias de Vida, histórias de escola: elementos para uma pedagogia da cidade. Petrópolis: Vozes, 2000.
PONTUSCHKA, N. N. Estudo do meio e ação pedagógica. IN: ENCONTRO NACIONAL DE GEÓGRAFOS, 14., 2006, Rio Branco, AC. Anais. Rio Branco, AC, 2006.
RICHARDSON, W. Blog e wiki: os futuros professores e as
ferramentas da Web 2.0. Porto: ESEPF,2006.
SANTOS, M. O espaço do cidadão. 3. ed. São Paulo: Nobel, 1993.
TAVARES, A. A. Nas origens da cidade. In: A cidade, Jornadas Inter e Pluridisciplinares, pp. 11-26. Lisboa: Universidade Aberta, 1993.
BLOGGER. http://pt.wikipedia.org/wiki/Blogger (Acesso em 11/01/2013)


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