segunda-feira, 28 de julho de 2014

Sustentabilidade ambiental como meta universal

O compromisso com a qualidade da educação no século XXI, em momento marcado pela ocorrência de diversos desastres ambientais, amplia a necessidade dos educadores de compreender a complexa multicausalidade da crise ambiental contemporânea e de contribuir para a prevenção de seus efeitos deletérios e para o enfrentamento das mudanças socioambientais globais. Esta necessidade e decorrentes preocupações são universais. 
Tais questões despertam o interesse das juventudes de todos os meios sociais, culturais, étnicos e econômicos, pois apontam para uma cidadania responsável com a construção de um presente e um futuro sustentáveis, sadios e socialmente justos. No Ensino Médio há, portanto, condições para se criar uma educação cidadã, responsável, crítica e participativa, que possibilita a tomada de decisões transformadoras a partir do meio ambiente no qual as pessoas se inserem, em um processo educacional que supera a dissociação sociedade/natureza.
No contexto internacional é significativa a atuação da Organização das Nações Unidas (ONU), da qual o Brasil é protagonista destacado. Ressalta-se, nesse âmbito, o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, 1992, elaborado na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92). Esse documento enfatiza a Educação Ambiental como instrumento de transformação social e política, comprometido com a mudança social, rompendo com o modelo desenvolvimentista e inaugurando o paradigma de sociedades sustentáveis.
Na Cúpula do Milênio, promovida em setembro de 2000 pela ONU, 189 países, incluindo o Brasil, estabeleceram os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), com o compromisso de colocar em prática ações para que sejam alcançados até 2015. Um dos objetivos é o de Qualidade de Vida e Respeito ao Meio Ambiente, visando inserir os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e nos programas nacionais, e reverter a perda de recursos ambientais.
A mesma ONU instituiu o período de 2005 a 2014 como a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, indicando uma nova identidade para a Educação, como condição indispensável para a sustentabilidade, promovendo o cuidado com a comunidade de vida, a integridade dos ecossistemas, a justiça econômica, a equidade social e de gênero, o diálogo para a convivência e a paz.
Estas preocupações universais têm crescente repercussão no Brasil, que, institucionalmente, possui um Ministério específico no Governo Federal, secundado por Secretarias e órgãos nos Estados e em Municípios.
No contexto nacional, a Educação Ambiental está amparada pela Constituição Federal e pela Lei nº 9.795/99, que dispõe sobre a Educação Ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), bem como pela legislação dos demais entes federativos. A PNEA entende por esta educação os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”. Entre os objetivos fundamentais da Educação Ambiental, estão o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, e o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania. E preceitua que ela é componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, seja formal ou não formal. Na educação formal e, portanto, também no Ensino Médio, deve ser desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente sem que constitua componente curricular específico.

(DCNEM/2011 - p. 24)

Direitos humanos como princípio norteador

As escolas, assim como outras instituições sociais, têm um papel fundamental a desempenhar na garantia do respeito aos direitos humanos.
Este respeito constitui irrevogável princípio nacional, pois nossa Constituição, já no seu preâmbulo, declara a instituição de um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos. Entre os princípios fundamentais do país, consagra o fundamento da dignidade da pessoa humana; os objetivos de construir uma sociedade livre, justa e solidária, de garantir o desenvolvimento nacional, de erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais, e de promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, etnia, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação; além de consagrar o princípio da prevalência dos direitos humanos nas suas relações internacionais. A Constituição estabelece, ainda, os direitos e garantias fundamentais, afirmando, discriminadamente, os direitos e deveres individuais e coletivos.
Após sua promulgação em 1988, novos textos legais, documentos, programas e projetos vêm materializando a defesa e promoção dos direitos humanos. São exemplos os Programas Nacional5, Estaduais e Municipais de Direitos Humanos, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Estatuto do Idoso, a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (que tem status constitucional), as leis de combate à discriminação racial e à tortura, bem como as recomendações das Conferências Nacionais de Direitos Humanos. Estas iniciativas e medidas são fundamentadas em vários instrumentos internacionais dos quais o Brasil é signatário, sob a inspiração da Declaração Universal de Direitos Humanos, de 1948.
Compreender a relação indissociável entre democracia e respeito aos direitos humanos implica no compromisso do Estado brasileiro, no campo cultural e educacional, de promover seu aprendizado em todos os níveis e modalidades de ensino. Os direitos humanos na educação encontram-se presentes como princípio internacional, não só nas Resoluções da ONU acerca da Década da Educação em direitos humanos, como no Programa Mundial de Educação em Direitos Humanos. Conclama-se a responsabilidade coletiva de todos os países a dar centralidade à Educação em direitos humanos na legislação geral e específica, na estrutura da política e planos educacionais, e nas diretrizes e programas de educação.
Educar para os direitos humanos, como parte do direito à educação, significa fomentar processos que contribuam para a construção da cidadania, do conhecimento dos direitos fundamentais, do respeito à pluralidade e à diversidade de nacionalidade, etnia, gênero, classe social, cultura, crença religiosa, orientação sexual e opção política, ou qualquer outra diferença, combatendo e eliminando toda forma de discriminação.
Os direitos humanos, como princípio que norteia o desenvolvimento de competências, com conhecimentos e atitudes de afirmação dos sujeitos de direitos e de respeito aos demais, desenvolvem a capacidade de ações e reflexões próprias para a promoção e proteção da universalidade, da indivisibilidade e da interdependência dos direitos e da reparação de todas as suas violações.
Em um contexto democrático, nos diversos níveis, etapas e modalidades, é imprescindível propiciar espaços educativos em que a cultura de direitos humanos perpasse todas as práticas desenvolvidas no ambiente escolar, tais como o currículo, a formação inicial e continuada dos profissionais da educação, o projeto político-pedagógico, os materiais didático-pedagógicos, o modelo de gestão, e a avaliação, conforme indica o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH). É nesse sentido que a implementação deste Plano é prescrita pelo Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3), instituído pelo
Decreto nº 7.037/2009.6
Para isso, a escola tem um papel fundamental, devendo a Educação em direitos humanos ser norteadora da Educação Básica e, portanto, do Ensino Médio.

5 O Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3) está instituído pelo Decreto nº 7.037/2009.

6 O Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3) tem, como uma das diretrizes do Eixo Orientador V: Educação e Cultura em Direitos Humanos, a efetivação da Política Nacional de Educação em Direitos Humanos para fortalecer cultura de direitos, sendo seu Objetivo Estratégico I, a implementação do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH).

(DCNEM/2011 - p. 23-24)

Pesquisa como princípio pedagógico

A produção acelerada de conhecimentos, característica deste novo século, traz para as escolas o desafio de fazer com que esses novos conhecimentos sejam socializados de modo a promover a elevação do nível geral de educação da população. O impacto das novas tecnologias sobre as escolas afeta tanto os meios a serem utilizados nas instituições educativas, quanto os elementos do processo educativo, tais como a valorização da ideia da instituição escolar como centro do conhecimento; a transformação das infraestruturas; a modificação dos papeis do professor e do aluno; a influência sobre os modelos de organização e gestão; o surgimento de novas figuras e instituições no contexto educativo; e a influência sobre metodologias, estratégias e instrumentos de avaliação.
O aumento exponencial da geração de conhecimentos tem, também, como consequência que a instituição escolar deixa de ser o único centro de geração de informações. 
A ela se juntam outras instituições, movimentos e ações culturais, públicas e privadas, além da importância que vão adquirindo na sociedade os meios de comunicação como criadores e portadores de informação e de conteúdos desenvolvidos fora do âmbito escolar. 
Apesar da importância que ganham esses novos mecanismos de aquisição de informações, é importante destacar que informação não pode ser confundida com conhecimento. O fato dessas novas tecnologias se aproximarem da escola, onde os alunos, às vezes, chegam com muitas informações, reforça o papel dos professores no tocante às formas de sistematização dos conteúdos e de estabelecimento de valores.
Uma consequência imediata da sociedade de informação é que a sobrevivência nesse ambiente requer o aprendizado contínuo ao longo de toda a vida. Esse novo modo de ser requer que o aluno, para além de adquirir determinadas informações e desenvolver habilidades para realizar certas tarefas, deve aprender a aprender, para continuar aprendendo.
Essas novas exigências requerem um novo comportamento dos professores que devem deixar de ser transmissores de conhecimentos para serem mediadores, facilitadores da aquisição de conhecimentos; devem estimular a realização de pesquisas, a produção de conhecimentos e o trabalho em grupo. Essa transformação necessária pode ser traduzida pela adoção da pesquisa como princípio pedagógico.
É necessário que a pesquisa como princípio pedagógico esteja presente em toda a educação escolar dos que vivem/viverão do próprio trabalho. Ela instiga o estudante no sentido da curiosidade em direção ao mundo que o cerca, gera inquietude, possibilitando que o estudante possa ser protagonista na busca de informações e de saberes, quer sejam do senso comum, escolares ou científicos.
Essa atitude de inquietação diante da realidade potencializada pela pesquisa, quando despertada no Ensino Médio, contribui para que o sujeito possa, individual e coletivamente, formular questões de investigação e buscar respostas em um processo autônomo de (re)construção de conhecimentos. Nesse sentido, a relevância não está no fornecimento pelo docente de informações, as quais, na atualidade, são encontradas, no mais das vezes e de forma ampla e diversificada, fora das aulas e, mesmo, da escola. O relevante é o desenvolvimento da capacidade de pesquisa, para que os estudantes busquem e (re)construam conhecimentos.
A pesquisa escolar, motivada e orientada pelos professores, implica na identificação de uma dúvida ou problema, na seleção de informações de fontes confiáveis, na interpretação e elaboração dessas informações e na organização e relato sobre o conhecimento adquirido. 
Muito além do conhecimento e da utilização de equipamentos e materiais, a prática de pesquisa propicia o desenvolvimento da atitude científica, o que significa contribuir, entre outros aspectos, para o desenvolvimento de condições de, ao longo da vida, interpretar, analisar, criticar, refletir, rejeitar idéias fechadas, aprender, buscar soluções e propor alternativas, potencializadas pela investigação e pela responsabilidade ética assumida diante das questões políticas, sociais, culturais e econômicas.
A pesquisa, associada ao desenvolvimento de projetos contextualizados e interdisciplinares/articuladores de saberes, ganha maior significado para os estudantes. Se a pesquisa e os projetos objetivarem, também, conhecimentos para atuação na comunidade, terão maior relevância, além de seu forte sentido ético-social.
É fundamental que a pesquisa esteja orientada por esse sentido ético, de modo a potencializar uma concepção de investigação científica que motiva e orienta projetos de ação visando à melhoria da coletividade e ao bem comum.
A pesquisa, como princípio pedagógico, pode, assim, propiciar a participação do estudante tanto na prática pedagógica quanto colaborar para o relacionamento entre a escola e a comunidade.

(DCNEM/2011. p. 21-22)

Trabalho como princípio educativo

A concepção do trabalho como princípio educativo é a base para a organização e desenvolvimento curricular em seus objetivos, conteúdos e métodos.
Considerar o trabalho como princípio educativo equivale a dizer que o ser humano é produtor de sua realidade e, por isto, dela se apropria e pode transformá-la. Equivale a dizer, ainda, que é sujeito de sua história e de sua realidade. Em síntese, o trabalho é a primeira mediação entre o homem e a realidade material e social.
O trabalho também se constitui como prática econômica porque garante a existência, produzindo riquezas e satisfazendo necessidades. Na base da construção de um projeto de formação está a compreensão do trabalho no seu duplo sentido – ontológico e histórico.
Pelo primeiro sentido, o trabalho é princípio educativo à medida que proporciona a compreensão do processo histórico de produção científica e tecnológica, como conhecimentos desenvolvidos e apropriados socialmente para a transformação das condições naturais da vida e a ampliação das capacidades, das potencialidades e dos sentidos humanos. O trabalho, no sentido ontológico, é princípio e organiza a base unitária do Ensino Médio.
Pelo segundo sentido, o trabalho é princípio educativo na medida em que coloca exigências específicas para o processo educacional, visando à participação direta dos membros da sociedade no trabalho socialmente produtivo. Com este sentido, conquanto também organize a base unitária, fundamenta e justifica a formação específica para o exercício de profissões, estas entendidas como forma contratual socialmente reconhecida, do processo de compra e venda da força de trabalho. Como razão da formação específica, o trabalho aqui se configura também como contexto.
Do ponto de vista organizacional, essa relação deve integrar em um mesmo currículo a formação plena do educando, possibilitando construções intelectuais mais complexas; a apropriação de conceitos necessários para a intervenção consciente na realidade e a compreensão do processo histórico de construção do conhecimento.

(DCNEM/2011 - p. 21)

Trabalho, ciência, tecnologia e cultura: dimensões da formação humana

O trabalho é conceituado, na sua perspectiva ontológica de transformação da natureza, como realização inerente ao ser humano e como mediação no processo de produção da sua existência. Essa dimensão do trabalho é, assim, o ponto de partida para a produção de conhecimentos e de cultura pelos grupos sociais.
O caráter teleológico da intervenção humana sobre o meio material, isto é, a capacidade de ter consciência de suas necessidades e de projetar meios para satisfazê-las, diferencia o ser humano dos outros animais, uma vez que estes não distinguem a sua atividade vital de si mesmos, enquanto o homem faz da sua atividade vital um objeto de sua vontade e consciência. Os animais podem reproduzir, mas o fazem somente para si mesmos; o homem reproduz toda a natureza, porém de modo transformador, o que tanto lhe atesta quanto lhe confere liberdade e universalidade. Desta forma, produz conhecimentos que, sistematizados sob o crivo social e por um processo histórico, constitui a ciência.
Nesses termos, compreende-se o conhecimento como uma produção do pensamento pela qual se apreende e se representam as relações que constituem e estruturam a realidade.
Apreender e determinar essas relações exige um método, que parte do concreto empírico–forma como a realidade se manifesta – e, mediante uma determinação mais precisa através da análise, chega a relações gerais que são determinantes do fenômeno estudado. A compreensão do real como totalidade exige que se conheçam as partes e as relações entre elas, o que nos leva a constituir seções tematizadas da realidade. Quando essas relações são “arrancadas” de seu contexto originário e ordenadas, tem-se a teoria. A teoria, então, é o real elevado ao plano do pensamento. Sendo assim, qualquer fenômeno que sempre existiu como força natural só se constitui em conhecimento quando o ser humano dela se apropria tornando-a força produtiva para si. Por exemplo, a descarga elétrica, os raios, a eletricidade estática como fenômenos naturais sempre existiram, mas não são conhecimentos enquanto o ser humano não se apropria desses fenômenos conceitualmente, formulando teorias que potencializam o avanço das forças produtivas.
A ciência, portanto, que pode ser conceituada como conjunto de conhecimentos sistematizados, produzidos socialmente ao longo da história, na busca da compreensão e transformação da natureza e da sociedade, se expressa na forma de conceitos representativos das relações de forças determinadas e apreendidas da realidade. O conhecimento de uma seção da realidade concreta ou a realidade concreta tematizada constitui os campos da ciência, que são as disciplinas científicas. Conhecimentos assim produzidos e legitimados socialmente ao longo da história são resultados de um processo empreendido pela humanidade na busca da compreensão e transformação dos fenômenos naturais e sociais. Nesse sentido, a ciência conforma conceitos e métodos cuja objetividade permite a transmissão para diferentes gerações, ao mesmo tempo em que podem ser questionados e superados historicamente, no movimento permanente de construção de novos conhecimentos.
A extensão das capacidades humanas, mediante a apropriação de conhecimentos como força produtiva, sintetiza o conceito de tecnologia aqui expresso. Pode ser conceituada como transformação da ciência em força produtiva ou mediação do conhecimento científico e a produção, marcada desde sua origem pelas relações sociais que a levaram a ser produzida. O desenvolvimento da tecnologia visa à satisfação de necessidades que a humanidade se coloca, o que nos leva a perceber que a tecnologia é uma extensão das capacidades humanas. A partir do nascimento da ciência moderna, pode-se definir a tecnologia, então, como mediação entre conhecimento científico (apreensão e desvelamento do real) e produção (intervenção no real). 
Entende-se cultura como o resultado do esforço coletivo tendo em vista conservar a vida humana e consolidar uma organização produtiva da sociedade, do qual resulta a produção de expressões materiais, símbolos, representações e significados que correspondem a valores éticos e estéticos que orientam as normas de conduta de uma sociedade.
Por essa perspectiva, a cultura deve ser compreendida no seu sentido mais ampliado possível, ou seja, como a articulação entre o conjunto de representações e comportamentos e o processo dinâmico de socialização, constituindo o modo de vida de uma população determinada. 
Uma formação integral, portanto, não somente possibilita o acesso a conhecimentos científicos, mas também promove a reflexão crítica sobre os padrões culturais que se constituem normas de conduta de um grupo social, assim como a apropriação de referências e tendências que se manifestam em tempos e espaços históricos, os quais expressam concepções, problemas, crises e potenciais de uma sociedade, que se vê traduzida e/ou questionada nas suas manifestações.
Assim, evidencia-se a unicidade entre as dimensões científico-tecnológico-cultural, a partir da compreensão do trabalho em seu sentido ontológico.
O princípio da unidade entre pensamento e ação é correlato à busca intencional da convergência entre teoria e prática na ação humana. A relação entre teoria e prática se impõe, assim, não apenas como princípio metodológico inerente ao ato de planejar as ações, mas, fundamentalmente, como princípio epistemológico, isto é, princípio orientador do modo como se compreende a ação humana de conhecer uma determinada realidade e intervir sobre ela no sentido de transformá-la.
A unidade entre pensamento e ação está na base da capacidade humana de produzir sua existência. É na atividade orientada pela mediação entre pensamento e ação que se produzem as mais diversas práticas que compõem a produção de nossa vida material e imaterial: o trabalho, a ciência, a tecnologia e a cultura.
Por essa razão trabalho, ciência, tecnologia e cultura são instituídos como base da proposta e do desenvolvimento curricular no Ensino Médio de modo a inserir o contexto escolar no diálogo permanente com a necessidade de compreensão de que estes campos não se produzem independentemente da sociedade, e possuem a marca da sua condição históricocultural.

(DCNEM/2011 - p. 19 e 20)

terça-feira, 1 de julho de 2014

O CONSELHO DE CLASSE NO COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ: Relatório da 1ª Etapa dos 9º Anos do Ensino Fundamental e 1ª Séries do Ensino Médio Noturno



Pedagogo Alexandro Muhlstedt
e-mail: supervisoralex@hotmail.com

INTRODUÇÃO

O Conselho de Classe é um dos mais importantes espaços escolares, pois, tendo em vista seus objetivos, segundo Dalben (2004), "é capaz de dinamizar o coletivo escolar pela via da gestão do processo de ensino, foco central do processo de escolarização. É o espaço prioritário da discussão pedagógica.” De fato, segundo a autora, é mais do que uma reunião pedagógica; é parte integrante do processo de avaliação desenvolvido pela escola. Assim sendo, é o momento privilegiado para redefinir práticas pedagógicas com o objetivo de superar a fragmentação do trabalho escolar e oportunizar formas diferenciadas de ensino que realmente garantam a todos os alunos a aprendizagem.
Entendido como parte do processo avaliativo, o momento do Conselho de Classe configura-se como espaço de análise e tomada de decisão no cotidiano do Colégio Estadual do Paraná (doravante chamado CEP). Definidas as datas em Calendário Escolar, aprovado e homologado pela Direção e Núcleo Regional de Educação, cabe à Equipe Pedagógica organizar e dinamizar este momento.
Este relato descreverá o processo de Conselho de Classe desenvolvido pelo pedagogo Alexandro Muhlstedt nas turmas pelas quais é responsável, sendo os 9º Anos A, B, C e D do Ensino Fundamental do Turno da tarde, envolvendo 143 alunos e 17 professores, e 1° Séries A, B e C do Ensino Médio do turno da noite, com 75 alunos e 19 professores.

1. O QUE É CONSELHO DE CLASSE

O Regimento Escolar do CEP (2012), em seu artigo 97, explicita que:

O Conselho de Classe é um órgão colegiado, de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, tendo por objetivo analisar e avaliar o processo ensino-aprendizagem e decidir os procedimentos adequados a cada caso”.

Portanto, a finalidade primeira do Conselho de Classe é diagnosticar problemas e apontar soluções tanto em relação aos alunos e turmas, quanto aos docentes, sendo conduzidos pelos pedagogos da escola.
Sobre isso, ainda no Artigo 97 do Regimento do CEP fica clara a finalidade do Conselho de Classe, que é “[...] a de intervir em tempo hábil no processo de ensino-aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos” [...] .
O Conselho de Classe constitui-se, então, em um espaço de reflexão pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e propõem ações educativas necessárias à resolução das dificuldades apontadas no processo de ensino-aprendizagem. Essas análises, de acordo com o Artigo 101 do Regimento Escolar, devem ser lavradas em Livro Ata, pelo Secretário da escola, como forma de registro das decisões tomadas.
A preocupação do Conselho é dinamizar a gestão pedagógica. Sendo parte do processo de Avaliação ele tem algumas características específicas que possuem uma riqueza de possibilidades. Essas características principais são a participação direta dos profissionais, a organização interdisciplinar e a centralidade da avaliação escola como foco do trabalho. Essas características distinguem o Conselho de Classe de qualquer outra atividade que ocorre na escola, sendo espaço para verificar se os conteúdos, os objetivos e os processos avaliativos estão coerentes entre os professores, e alinhados àqueles procedimentos definidos pelo coletivo e tidos como necessários para as soluções dos problemas apontados.
Rocha (1984), conceitua Conselho de Classe como

[…] uma reunião dos professores da turma com múltiplos objetivos, entre outros destacamos: avaliar o aproveitamento dos alunos e da turma como um todo; chegar a um conhecimento mais profundo do aluno e promover a integração dos professores e de outros elementos da equipe da escola. (ROCHA, 1984, p. 9)

Neste conceito já se observa a forma conjunta e colaborativa dos integrantes da escola no espaço avaliativo que é o Conselho de Classe, ganhando importância porque reúne informações que muitas vezes passam despercebidas por alguns e que são fundamentais para o entendimento da situação escolar do aluno, e também do professor.
Por isso, organiza-se o Conselho de Classe em momentos, os quais determinam ações a serem implementadas tendo em vista a melhoria no processo ensino aprendizagem.

2. OS TRÊS MOMENTOS DO CONSELHO DE CLASSE

Buscando o alinhamento e a definição de procedimentos como forma de se estabelecer e legitimar um sentido do conselho de classe apontado anteriormente, em consonância com as diretrizes curriculares, bem como com as orientações da Secretaria de Estado da Educação do Paraná e Regimento Escolar do CEP, estabeleceu-se a constituição do conselho de classe em três momentos: Pré Conselho de Classe, Conselho de Classe e Pós Conselho de Classe.

2.1. Pré Conselho de Classe

O Pré-conselho são as ações que dizem respeito à aprendizagem do aluno, que antecedem ao Conselho de Classe. São os momentos de análise da aprendizagem do aluno que ocorrem no processo do dia a dia escolar. Caracteriza-se por um registro formal a respeito de cada turma. Para isso, foi realizada uma discussão em cada uma das turmas da tarde na qual os alunos preencheram documento sobre si mesmos, sua turma e seus professores. À noite, coube aos representantes de turma elencar questões sobre ensino, aprendizagem e relacionamento dos alunos.
O Pré Conselho de Classe foi realizado em 06 de maio no 9º A e B, em 12 de maio no 9º C e D, e em 07 de maio nas 1ª A, B e C.
Sobre suas turmas, os alunos assim escreveram:

TURMA
PARECER GERAL - ALUNOS
9°A
No geral o nível de aprendizagem é bom, a maioria dos professores traz diferentes métodos de aprendizagem que ajudam no ensino da matéria.
Durante as aulas há muita conversa que impede a turma de avançar em sua aprendizagem, prejudicando os que realmente querem aprender. Alguns alunos não param de conversar, nem sempre colaboram e são dispersos. Um lado bom da turma é que os alunos se dão bem fazendo com que o clima da sala seja bom.
Sobre o processo de avaliação, é regular, porque alguns professores não esclarecem notas de provas e trabalhos, o que prejudica de maneira geral. O conteúdo das avaliações é sempre bem compreendido. Quando há dúvidas durante a prova, na medida do possível são esclarecidas pelos professores.
O relacionamento é ótimo, se respeitam e não há brigas ou discussões. Mas a conversa estressa os professores, o que faz com que eles acabem sendo severos com a turma.
9°B
A turma está com muita dificuldade de aprendizagem, mas isso acontece porque ocorre muita conversa paralela e também tem alguns professores que não explicam bem. Isso dificulta. O alunos com dificuldades não estão sendo esclarecidos.
Os professores não estão utilizando o livro e não trazem muitos materiais diferenciados como folhas de atividades.
O comportamento da turma é ruim porque tem muita conversa paralela e bagunça.
No geral a turma se dá bem, se tratam com respeito. O relacionamento com a maioria dos professores é bom.
9°C
A aprendizagem está acontecendo de forma tranquila, porém alguns professores perdem o foco na hora da explicação. Aulas mais dinâmicas auxiliariam na aprendizagem, não deixando as aulas tão chatas.
O processo de avaliação está normal pois os professores explicam como deve ser feito, marcam data para entrega.
O relacionamento entre os alunos é tranquilo, não há desentendimento. Porém, há muita conversa e falta de compromisso que acaba atrapalhando a todos.
Os alunos não entregam os trabalhos na data prevista e não fazem como foi pedido pelos professores. Mesmo com uma segunda chamada não é levado a sério.
9°D
A questão da aprendizagem é ruim, pois tem professor que não explica direito ou fica desviando o assunto, professores com explicações muito lentas ou rápidas demais, professores que só explicam mas não passam conteúdo no caderno. Estamos sem livro didático e isso dificulta na hora de estudar para as provas.
Sobre os alunos o comportamento é ruim, praticamente ninguém obedece. Tem muita conversa paralela.
O relacionamento é bom, todos os alunos se dão bem e se ajudam (mas existem exceções).
Esperamos que tenha mais responsabilidade dos alunos e dos professores também, com aulas práticas, divertidas ou um grupo ajudando no aprendizado.
1ºA
Quando indagados sobre o perfil da turma, o 1º A relata que percebem a turma “um pouco tranquila com alunos que estão interessados em aprender”. Dizem também que há exceções, havendo alunos desinteressados. Como ponto positivo, dizem que a turma é quieta, sem maiores complicações no que diz respeito a algazarra e que os alunos “respeitam os professores”.
Em contrapartida, é uma turma que “se dispersa muito facilmente”. Os representantes sugerem que se desfaça as “patotinhas” e ocorram mudanças no “hábito de se relacionar uns com os outros”.
No que se refere à aprendizagem, mencionam como pontos favoráveis “a vontade de aprender da turma e de ensinar, de alguns professores” salientando que as dificuldades em aprender decorre do “modo de ensino de alguns professores”, citando que há professores que não realizam a revisão antes da aplicação das provas.
1°B
Quando indagados sobre o perfil da turma, os representantes de turma do 1º B relatam que os alunos de sua turma são “desorganizados, conversadores demais, mas unidos”. Como ponto positivo, mencionam as questões de “união, respeito entre si e cooperação”.
Como pontos a melhorar, destacam que a turma precisa “parar as conversas paralelas e ter mais motivação nas aulas”.
No que se refere à aprendizagem, o ponto favorável é “a união da turma quando necessário”, mas que essa união tem trazido também dificuldades em aprender melhor, destacando que é necessário que a turma melhore nas questões de “conversas paralelas e brincadeirinhas fora de hora”.
1°C
Quando indagados sobre o perfil da turma, os representantes de turma do 1º C relatam que a sua turma é “bagunceira, mas cooperativa”. Como ponto positivo, mencionam que a turma “participa da aula e tem uma conscientização grupal” sobre a importância dos estudos.
Como pontos a melhorar, destacam que a turma precisa “parar com as conversas paralelas”.
No que se refere à aprendizagem, o ponto favorável é “participação dos alunos” nas atividades propostas pelos professores. Mas ao mesmo tempo que participam da aula, exageram nas “conversas paralelas” o que tem trazido dificuldades para uma melhor aprendizagem e atrapalhos no trabalho dos professores.

Com a realização do Pré Conselho de Classe foi possível efetivar o levantamento de dados qualitativos sobre os alunos, as turmas e os professores. Esses dados podem ser compreendidos, em sua subjetividade, como pontos de vistas que influenciam, grosos modo, no rendimento e desempenhos dos alunos.
Serviu também como elemento de Pré Conselho de Classe, as notas avaliadas e os pontos obtidos pelos alunos, bem como o total de faltas de cada um, publicados na Planilha Eletrônica pelos professores.
Essa Planilha, organizada pela Secretaria e Grupo de Informática da escola, possibilita ao pedagogo, o acesso aos números anteriormente mencionados e com isso a formação de um juízo sobre o desempenho geral dos alunos.
A análise dos dados constantes na Direção Auxiliar, por meio do registro de ocorrências (atrasos e problemas de indisciplina), bem como os registros de faltas (encaminhados pelos professores) são informações importantes que contribuem para a análise do desempenho e rendimento da turma, considerando também as particularidades dos alunos.
O conjunto de dados levantados, rico em quantidade e qualidade, possibilita que o pedagogo responsável pelas turmas e os professores entendam os fenômenos que acontecem em cada uma das turmas e, assim, tomem as decisões mais adequadas na condução de seu trabalho pedagógico.

2.2. Momento do Conselho de Classe

O Conselho de Classe propriamente dito é a atividade que acontece em dia e horário definido no Calendário escolar em que professores e pedagogo se reúnem para verificar se os objetivos, processos, conteúdos e avaliação estão coerentes com o referencial do trabalho pedagógico da escola. No caso, o dia e horários do Conselho foram divulgados com antecedência.
A intenção preponderante nesse momento é definir, juntos, o que será feito para atender as necessidades de mudança, o (re) direcionamento dos aspectos levantados no diagnóstico das turmas (Pré-conselho) e a sistematização das ações pedagógicas.
No momento do Conselho de Classe, o perfil do aluno (de acordo com a percepção do professor não é a questão que mais interessa). Interessa sim os aspectos da aprendizagem do aluno no sentido de buscar alternativas para sanar os problemas que forem diagnosticados. Por isso, o pedagogo orientou os professores nesse quesito, a fim de não que façam julgamentos comportamentais ou mesmo rotulação de alunos. Afinal, o Conselho não pode ser transformado em espaço de desabafo coletivo ou cascata de queixas, que mais se assemelha a um tribunal onde o aluno é o réu.
Compreende-se que quando o Conselho de Classe enfatiza a descrição comportamental, ou totulação do aluno, acaba tendo um caráter comportamentalista, sendo usado como uma espécie de “caça às bruxas”. E por isso mesmo, é um tipo de registro que se mostra completamente inadequado para efetivar o objetivo que é definir possibilidades de ação para sanar as dificuldades nos processos de ensino e aprendizagem.
O pedagogo reforçou a ideia de que as questões pontuais que incidem sobre comportamento do aluno devem ser partilhadas ao longo da etapa, buscando a resolução de problemas e assim, evitar no momento do Conselho de Classe, o relato de tais questões. Com isso, enfocando a busca por outras alternativas de ações mais efetivas, a análise torna mais rica e foge-se da armadilha de permanecer no simples relato.
Vale ressaltar que as falas do professor sobre os alunos devem incidir sobre os aspectos que condicionam a aprendizagem e não a rótulos estereotipados com visões deterministas, inatistas ou ambientalistas. Sabe-se o quanto é complicado reconhecer que em alguns casos a dificuldade de aprendizagem pode ser expressão da metodologia adotada pelo professor. Mesmo assim, em muitos casos, é necessário rever as práticas para que o trabalho com os conteúdos seja eficiente. Nesse sentido, faz-se necessário refletir se a não aprendizagem apenas incide em responsabilizar o aluno. Essa reflexão foi tomando corpo nos momentos de hora atividade, por meio das conversas pedagógicas entre professores e pedagogo.
Para que o Conselho de Classe se efetivasse como espaço de reflexão e tomada de decisão, o pedagogo apresentou alguns critérios norteadores do processo de avaliação geral:

a. Excesso de conversa
b. Falta de atenção nas atividades realizadas
c. Não realização de atividades de sala e/ou de casa
d. Atrasos
e. Faltas

Esses critérios serviram de apoio para analisar o aluno em sua aprendizagem, esforçando-se para fazer emergir possibilidades de ação quanto a suiperação das dificuldades apontadas.
Nesse sentido, sugeriu-se como principais encaminhamentos:

a. Convocação de Pais / Responsáveis - Termo de Compromisso
b. Orientação Individual do aluno
c. Orientação da turma
d. Programa de Combate à Evasão (Conselho Tutelar)
e. Diálogo junto aos professores - redirecionar a Ação Pedagógica

Esses critérios auxiliaram a não perder o foco na discussão e a tomar as decisões para os casos apresentados. Afinal, “Chamar os pais”, tipo de encaminhamento comum e quase exclusivo, único tipo de encaminhamento, pode acabar em “cortina de fumaça” para camuflar os problemas concretos de aprendizagem.
O Conselho de Classe foi iniciado com a solicitação de parecer geral de cada uma das turmas e em seguida o pedagogo apresentou o parecer elaborado pelos alunos. Em seguida, passou-se a mencionar cada aluno da turma, sobre os quais os professores foram apontando as questões de aprendizagem. Para não haver confusão entre o nome e a pessoa do aluno foi apresentado um “carômetro” com a foto e nome do aluno e assim faciltar a análise, associando aluno e parecer.
Para cada uma das turmas foi feito Ata, resguardando seu caráter pedagógico, que foi assinada pelos participantes, recolhida para ser organizada e utilizada na implementação das ações Pós Conselho de Classe.

Ao iniciar o Conselho de Classe, foi solicitado que os professores apresentassem um panorama geral da turma, pontuando questões sobre rendimento e desempenho. As “falas” dos professores podem ser notadas na tabela a seguir:

TURMA
PARECER GERAL - PROFESSORES
9°A
Turma que tem apresentado comportamento imaturo, irresponsável com os estudos (muitos alunos não fazem trabalhos de casa) e sem compromisso. Tem havido muitas faltas em dias de prova, sendo observado que os alunos são desatentos durante a aula e muitas vezes não ouvem o professor. Há alunos com dificuldades de aprendizagem, mas interessados. Há focos de conversas paralelas. Necessidade de pais serem chamados para conversa e alunos, orientados.
9°B
A turma não apresenta dificuldades de aprendizagem, porém há muita conversa paralela o que tem atrapalhado o rendimento como um todo. Os alunos demonstram que não estão estudando em casa e é grande o número daqueles que não entregam trabalhos e tarefas. Alunos convocados para o reforço não estão vindo, sendo que são desorganizados em seus cadernos (mistura de disciplinas). Há casos pontuais de indisciplina, gritos e risadas. Pais serão chamados e alunos orientados no sentido de melhoria da postura e do rendimento.
9°C
A turma tinha perfil apático no início do ano e houve melhoria na interação dos alunos com os professores. Os alunos conversam bastante, mas prestam atenção durante a explicação dos professores. Há casos pontuais de brincadeiras e desrespeito, cujos alunos serão orientados.
Pais serão chamados para orientação.
9°D
No geral é uma boa turma, os alunos são participativos e fazem o que se pede em sala de aula. São alunos que questionam e têm boa produção. No entanto, há casos de indisciplina e conversas paralelas, havendo momentos de dispersão durante a aula. Há casos específicos de faltas, gazetas e uso de celular em sala. Há alunos que demonstram não estudar em casa. Solicita-se chamar os pais, conversar individualmente com os alunos mencionados e cobrar mais empenho nas atividades.
1ºA
Turma que apresenta comportamento imaturo e indisciplinado. Os alunos em geral têm baixo rendimento e não fazem as tarefas. Em sala de aula tem muita conversa paralela e uso do celular.
1°B
Turma que conversa excessivamente sobre assuntos fora da aula, os alunos fazem brincadeirinhas fora de hora e há conflitos entre eles. Perde-se muito tempo até começar a aula e tem sido difícil aos professores ministrar suas aulas. Há bons alunos, responsáveis, que ficam “acuados” pelo mau comportamento de alguns.
1°C
Turma cujos alunos costumam se atrasar, especialmente após o recreio, de orando muito para se acalmar e prestar atenção. Há conversas paralelas e uso do celular em sala de aula.
São alunos inteligentes, mas não têm aproveitado o próprio potencial. Registram-se poucas faltas e tem havido um bom rendimento , de modo geral.

Sobre a necessidade de conversa com alunos e seus pais, foram solicitadas as conversas com os seguintes alunos:
TARDE
NOITE
TURMA
Nº DE ALUNOS
TURMA
Nº DE ALUNOS
9°A
08
1ºA
08
9°B
08
1°B
12
9°C
08
1°C
06
9°D
07





No sentido de valorizar e evidenciar o bom desempenho e rendimento escolar dos alunos foram chamados aqueles que apresentaram boas notas na 1ª Etapa.
TARDE
NOITE
TURMA
Nº DE ALUNOS
TURMA
Nº DE ALUNOS
9°A
08
1ºA
05
9°B
11
1°B
05
9°C
09
1°C
06
9°D
08





2.3. Pós Conselho de Classe

O momento do Pós Conselho de Classe ocorre pela retomada dos conteúdos por parte do professor e da metodologia de ensino. Também são realizadas as orientações aos alunos (individual ou coletivamente), encaminhamentos às famílias e elaboração dos gráficos de desempenho e rendimento.
É a efetivação das ações didático pedagógicas sendo que as principais são:


ENCAMINHAMENTO
DESCRIÇÃO DA AÇÃO
Convocação de Pais
É o caso dos alunos indisciplinados ou que não têm cumprido adequadamente às atividades escolares. Ta
mbém os casos de alunos que gazeiam aula ou causam algum tipo de prejuízo patrimonial.
Incluem-se baixos rendimentos nas diferentes disciplinas, com falta de atenção e disciplicência. Há registro na Ficha do aluno e é feito Teermo de compromisso.
Orientação individual do aluno
Chamada dos alunos, pelo pedagogo da truma, com o objetivo de orientar sobre notas baixas, bem como para ouvi-los, desvelando as razões por baixo desempenho.
Registro na Ficha Individual do Aluno e assinatura de termo de compromisso.
Orientação da turma
Ações a serem implementadas pelo pedagogo da turma a fim de sanar os problemas que tenham sido mencionados, como desinteresse, bagunça, desrespeito, displicência e irresponsabilidade com os estudos.
Também a questãode faltas às aulas, gazetas ou atrasos são mencionados.
Encaminhamento ao Programa de Combate à Evasão
É o caso dos alunos faltosos sem justificativa. O Programa de Combate à Evasão está vinculado ao Conselho Tutelar o qual deve ser acionado em caso de faltas injustificadas do aluno à escola.
Diálogo junto aos professores – redirecionar a Ação pedagógica
Apresentação dos resultados do Conselho de Classe junto aos professores que, por algum motivo, não estiveram presentes e também das observações realizadas pelos estudantes no Pré Conselho, no qual apontam os pontos positivos e os pontos a melhorar, tendo em vista maior êxito no processo de ensino aprendizagem.

Todas essas ações, registradas em atas e nos pareceres da turma, assumem um caráter de meta a ser alcançada na estapa seguinte, tendo sempre como foco a resolução dos problemas apontados, bem como a ênfase num processo em que todos concretizar o seu trabalho.
Inclui-se como ação Pós Conselho a Reuniões de Pais, na qual pais e responsáveis são convocados para conversarem com professores, bem como receberem a orientação e readequação das metodologias docentes nos casos em que tenha sido constatado baixo desempenho da turma em função do tipo de metodologia adotada pelo professor.
No que diz respeito à avaliação na condução do Conselho de Classe, foi realizada reunião junto à Chefia da Divisão Educacional e Coordenadores do Ensino Fundamental, bem como as pedagogas das outras turmas do Ensino Fundamental. Nessa reunião foi possível apontar os pontos positivos e os pontos a melhorar com intuito de reorganizar a trajetória para o próximo Conselho de Classe.
Pretende-se fazer um quadro, a ser enviado para cada professor, com o parecer geral da turma, as observações dos alunos no Pré Conselho e as ações a serem implementadas.

TURMA
PARECER GERAL DA TURMA
- PROFESSORES -
PARECER GERAL DA TURMA
- ALUNOS -
ENCAMINHAMENTOS
9°A
Turma que tem apresentado comportamento imaturo, irresponsável com os estudos (muitos alunos não fazem trabalhos de casa) e sem compromisso.
Tem havido muitas faltas em dias de prova, sendo observado que os alunos são desatentos durante a aula e muitas vezes não ouvem o professor.
Há alunos com dificuldades de aprendizagem, mas interessados.
Há focos de conversas paralelas.
Necessidade de pais serem chamados para conversa e alunos, orientados.
No geral o nível de aprendizagem é bom, a maioria dos professores traz diferentes métodos de aprendizagem que ajudam no ensino da matéria.
Durante as aulas há muita conversa que impede a turma de avançar em sua aprendizagem, prejudicando os que realmente querem aprender. Alguns alunos não param de conversar, são dispersos e nem sempre colaboram. Um lado bom da turma é que os alunos se dão bem fazendo com que o clima da sala seja bom. O relacionamento é ótimo, se respeitam e não há brigas ou discussões. Mas a conversa estressa os professores, o que faz com que eles acabem sendo severos com a turma.
Sobre o processo de avaliação, é regular, porque alguns professores não esclarecem notas de provas e trabalhos, o que prejudica de maneira geral. O conteúdo das avaliações é sempre bem compreendido. Quando há dúvidas durante a prova, na medida do possível são esclarecidas pelos professores.
1. Convocação, dia 20 de maio, dos Pais dos alunos.
Conversa com pais e alunos: apresentação de notas e rendimento e solicitação de empenho e dedicação. Registro na “Ficha do Aluno” do “Termo de Compromisso”. ( 19 a 28 de maio)

2. Orientação Individual aos alunos com baixo rendimento (entre 27 de maio a 4 de junho).

3. Orientação à turma quanto aos atrasos e faltas (especialmente em dias de provas) – Previsão para 2 a 11 de junho).

4. Chamamento de alunos com bom desempenho e orientação para continuarem empenhados e dedicados aos estudos (em 30 de maio).

5. Reunião de Pais com professores – 31 de maio.

6. Apresentação aos professores das “falas” dos alunos no Pré Conselho (entre 26 a 02 de junho
9°B
A turma não apresenta dificuldades de aprendizagem, porém há muita conversa paralela o que tem atrapalhado o rendimento como um todo.
Os alunos demonstram que não estão estudando em casa e é grande o número daqueles que não entregam trabalhos e tarefas.
Alunos convocados para o reforço não estão vindo, sendo que são desorganizados em seus cadernos (mistura de disciplinas).
Há casos pontuais de indisciplina, gritos e risadas.
Pais serão chamados e alunos orientados no sentido de melhoria da postura e do rendimento.
A turma está com muita dificuldade de aprendizagem, porque ocorre muita conversa paralela e tem alguns professores que não explicam bem. Os alunos com dificuldades não estão sendo esclarecidos.
Os professores não estão utilizando o livro e não trazem muitos materiais diferenciados como folhas de atividades.
O comportamento da turma é ruim porque tem muita conversa paralela e bagunça. No geral a turma se dá bem, se tratam com respeito. O relacionamento com a maioria dos professores é bom.
1. Convocação, dia 20 de maio, dos Pais dos alunos.
Conversa com pais e alunos, apresentação de notas e rendimento e solicitação de empenho e dedicação. Registro na Ficha do Aluno do “Termo de Compromisso”. ( 19 a 28 de maio)

2. Orientação individual aos alunos com baixo rendimento (entre 27 de maio a 4 de junho).

3. Orientação à turma quanto aos atrasos e faltas (especialmente em dias de provas) – Previsão de 2 a 11 de junho).

4. Chamamento de alunos com bom desempenho e orientação para continuarem empenhados e dedicados aos estudos (em 30 de maio).

5. Reunião de Pais com professores – 31 de maio.

6. Apresentação aos professores das “falas” dos alunos no Pré Conselho (entre 26 a 02 de junho
9°C
A turma tinha perfil apático no início do ano e houve melhoria na interação dos alunos com os professores.
Os alunos conversam bastante, mas prestam atenção durante a explicação dos professores.
Há casos pontuais de brincadeiras e desrespeito, cujos alunos serão orientados.
Pais serão chamados para orientação.
A aprendizagem está acontecendo de forma tranquila, porém alguns professores perdem o foco na hora da explicação. Aulas mais dinâmicas auxiliariam na aprendizagem, não deixando as aulas tão chatas.
O processo de avaliação está normal pois os professores explicam como deve ser feito e marcam data para entrega dos trabalhos. Porém, os alunos não entregam os trabalhos na data prevista e não fazem como foi pedido pelos professores. Mesmo com uma segunda chamada, não é levado a sério.
O relacionamento entre os alunos é tranquilo, não há desentendimento. Porém, há muita conversa e falta de compromisso que acaba atrapalhando a todos.
1. Convocação, dia 20 de maio, dos Pais dos alunos.
Conversa com pais e alunos: apresentação de notas e rendimento e solicitação de empenho e dedicação. Registro na Ficha do Aluno do “Termo de Compromisso”. ( 19 a 28 de maio)

2. Orientação individual aos alunos com baixo rendimento (entre 27 de maio a 4 de junho).

3. Orientação à turma quanto aos atrasos e faltas (especialmente em dias de provas) – Previsão de 2 a 11 de junho).

4. Chamamento de alunos com bom desempenho e orientação para continuarem empenhados e dedicados aos estudos (em 30 de maio).

5. Reunião de Pais com professores – 31 de maio.

6. Apresentação aos professores das “falas” dos alunos no Pré Conselho (entre 26 a 02 de junho
9°D
No geral é uma boa turma, os alunos são participativos e fazem o que se pede em sala de aula.
São alunos que questionam e têm boa produção.
No entanto, há casos de indisciplina e conversas paralelas, havendo momentos de dispersão durante a aula.
Há casos específicos de faltas, gazetas e uso de celular em sala.
Há alunos que demonstram não estudar em casa.
Solicita-se chamar os pais, conversar individualmente com os alunos mencionados e cobrar mais empenho nas atividades.
A questão da aprendizagem é ruim, pois tem professor que não explica direito ou fica desviando o assunto, professores com explicações muito lentas ou rápidas demais, professores que só explicam mas não passam conteúdo no caderno. Estamos sem livro didático e isso dificulta na hora de estudar para as provas.
Sobre os alunos, o comportamento é ruim, praticamente ninguém obedece e tem muita conversa paralela.
O relacionamento é bom, todos os alunos se dão bem e se ajudam (mas existem exceções).
Esperamos que tenha mais responsabilidade dos alunos e dos professores também, com aulas práticas, divertidas ou um grupo ajudando no aprendizado.
1. Convocação, dia 20 de maio, dos Pais dos alunos.
Conversa com pais e alunos: apresentação de notas e rendimento e solicitação de empenho e dedicação. Registro na Ficha do Aluno do “Termo de Compromisso” ( 19 a 28 de maio)

2. Orientação individual aos alunos com baixo rendimento (entre 27 de maio a 4 de junho).

3. Orientação à turma quanto aos atrasos e faltas (especialmente em dias de provas) – Previsão de 2 a 11 de junho).

4. Chamamento de alunos com bom desempenho e orientação para continuarem empenhados e dedicados aos estudos (em 30 de maio).

5. Reunião de Pais com professores – 31 de maio.

6. Apresentação aos professores das “falas” dos alunos no Pré Conselho (entre 26 a 02 de junho
1ºA
Turma que apresenta comportamento imaturo e indisciplinado.
Os alunos em geral têm baixo rendimento e não fazem as tarefas.
Em sala de aula tem muita conversa paralela e uso do celular.
A turma é “um pouco tranquila com alunos que estão interessados em aprender”, mas há exceções, havendo alunos desinteressados.
A turma é quieta, sem maiores complicações pois os alunos “respeitam os professores”, mas turma que “se dispersa muito facilmente”. Sugerem que se desfaça as “patotinhas” e ocorram mudanças no “hábito de se relacionar uns com os outros”.
No que se refere à aprendizagem é ponto favorável “a vontade de aprender da turma e de ensinar, de alguns professores” . As dificuldades em aprender decorre do “modo de ensino de alguns professores”. Há professores que não realizam a revisão antes da aplicação das provas.
Alunos serão chamados para orientação individual.

Contato com os pais / responsáveis para informar a situação escolar.

Orientação para turma exigindo mais empenho e responsabilidade com os estudos.
1°B
Turma que conversa excessivamente sobre assuntos fora da aula, os alunos fazem brincadeirinhas fora de hora e há conflitos entre eles.
Perde-se muito tempo até começar a aula e tem sido difícil aos professores ministrar suas aulas.
Há bons alunos, responsáveis, que ficam “acuados” pelo mau comportamento de alguns.
Os alunos da turma são “desorganizados, conversadores demais, mas unidos”. Como ponto positivo tem a questão da “união, respeito entre si e cooperação”.
Como pontos a melhorar a turma precisa “parar as conversas paralelas e ter mais motivação nas aulas”.
O ponto favorável da aprendizagem é “a união da turma quando necessário”, mas essa união tem trazido também dificuldades em aprender melhor.
É necessário que a turma melhore o comportamento de “conversas paralelas e brincadeirinhas fora de hora”.
Alunos serão chamados para orientação individual.

Contato com os pais / responsáveis para informar a situação escolar.

Orientação para turma exigindo mais empenho e responsabilidade com os estudos.
1°C
Turma cujos alunos costumam se atrasar, especialmente após o recreio, de orando muito para se acalmar e prestar atenção.
Há conversas paralelas e uso do celular em sala de aula.
São alunos inteligentes, mas não têm aproveitado o próprio potencial.
Registram-se poucas faltas e tem havido um bom rendimento , de modo geral.
A turma é “bagunceira, mas cooperativa”.
O ponto positivo é que a turma “participa da aula e tem uma conscientização grupal” sobre a importância dos estudos.
Como ponto a melhorar a turma precisa “parar com as conversas paralelas”.
No que se refere à aprendizagem, o ponto favorável é a “participação dos alunos” nas atividades propostas pelos professores. Mas ao mesmo tempo que participam da aula, exageram nas “conversas paralelas” o que tem trazido dificuldades para uma melhor aprendizagem e atrapalhos no trabalho dos professores.
Alunos serão chamados para orientação individual.

Contato com os pais / responsáveis para informar a situação escolar.

Orientação para turma exigindo mais empenho e responsabilidade com os estudos.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Levando em consideração que a função principal do Conselho de Classe é mediar e articular as situações do processo ensino-aprendizagem, tona-se fundamental que o pedagogo das turmas realize com competência, ética e compromisso um processo de análise dos dados coletados no Pré Conselho. Essa análise contribui para que sejam implementados encaminhamentos para superação das dificuldades diagnosticadas pelo colegiado. Tudo isso sem perder o foco que é a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
Nesse sentido, acaba efetivando também um processo de Auto Avaliação, na qual o professor toma consciência da sua própria ação, de suas limitações e acertos; o pedagogo da turma analisa com mais cuidado o trabalho pedagógico, bem como as reais condições de trabalho na escola e o aluno e sua família tomam consciência de seu desempenho escolar, sendo auxiliado a superar as dificuldades.
Vale ressaltar que o Conselho de Classe, quando bem feito, contribui para que se faça uma análise diagnóstica de cada uma das turmas, porque se utiliza de dados qualitativos e quantitativos, sem contar que ocorre o levantamento dos alunos que apresentam dificuldades e defasagem de aprendizagem, bem como os problemas decorrentes da indisciplina.
Evidencia-se que o Conselho de Classe deve primar pela autenticidade na busca do melhor resultado para o aluno, sendo que as informações passadas nas reuniões devem ser estudadas, pesquisadas e avaliadas antes de qualquer tomada de decisão. E todo processo adotado deve ter continuidade e ser objeto de análise.
Por fim, o Conselho de Classe legitima-se como momento de tomada de decisão, no qual professores e pedagogo da turma definem, coletivamente, o que será feito para atender as necessidades de mudança, redirecionando os aspectos levantados no diagnóstico das turmas e sistematizando as ações pedagógicas.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CRUZ, C. H. C. Conselho de Classe e participação. Revista de Educação. AEC. Brasília: AEC do Brasil, nº. 94, jan./mar 1995, p. 11 – 136.
DALBEN, Â. I. L. F. Conselho de Classe e avaliação - perspectivas na gestão pedagógica da escola. 3. ed. Campinas: Papirus, 2006. (Coleção magistério: formação e trabalho pedagógico).
LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5. ed. revista ampliada – Goiânia: Editora Alternativa, 2004.
LUCKESI, C. C. Avaliação de aprendizagem escolar: estudos e proposições. 17. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
ROCHA, A. D. C. Conselho de Classe: burocratização ou participação. Rio de Janeiro: F. Alves, 1984.
SANT’ANNA, I. M. Por que avaliar? Como avaliar? critérios e instrumentos. Petrópolis: Vozes, 1995.
PARANÁ, Conselho Estadual de Educação. Deliberação nº 007/99, de 09 de abril de 1999. Normas Gerais para avaliação do aproveitamento escolar, recuperação de estudos e promoção de alunos, do sistema estadual de ensino, em nível do ensino fundamental e médio. Relatores: Marília Pinheiro Machado de Souza e Orlando Bogo.

VASCONCELLOS, C. S. Avaliação: Concepção Dialética Libertadora do Processo de Avaliação Escolar. Cadernos Pedagógicos do Libertad, v.3. São Paulo: Libertad, 1994.